A palavra repolitica está associada á idéia de se refazer, ou seja, começar tudo de uma outra forma. No caso da politica, o autor da idéia, Francisco Withaker, propõe que os eleitores fiscalizem a Câmara.

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Francisco José Lins Peixoto Contatos: (82)3356-1509 Sugestões: franjolipeixoto@hotmail.com Organizei e toquei violão em um grupo de crianças da igreja católica, juntamente com minha esposa, Clara Maria Dick Peixoto. Ela cantou no grupo e era membro de um grupo de liturgia da Arquidiocese de Maceió. Leio, escrevo e falo inglês, e alemão.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS 01 - Rosivaldo Gomes





EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

Maceió, 30/01/2006  -  Francisco José Lins Peixoto



Plantando mudas de bananeiras vindas de União dos Palmares.


 ÍNDICE GERAL

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS - 8 páginas
APÊNDICE 1: Rosivaldo Gomes de Santana - 6 páginas
APÊNDICE 2: Marcondes dos Santos Silva - 5 páginas
APÊNDICE 3: Gerson Clarindo Freire - 3 páginas
APÊNDICE 4: Josefa Raimundo de A. Silva - 7 páginas  
APÊNDICE 5: Maria Helena Silva dos Santos - 15 páginas
APÊNDICE 6: Adeilda Silva Nogueira - 8 páginas
APÊNDICE 7: José Porfírio dos Santos - 4 páginas
APÊNDICE 8: Sebastião Pulquério de Lima - 3 páginas
APÊNDICE 9: Cícero Afreu dos Santos - 6 páginas
APÊNDICE 10: José Sampaio - 2 páginas

 

MEMORIAL DE EPHIGÊNIO PEIXOTO

Rua Joana Rodrigues da Silva, 120, Jacintinho, Maceió-AL – Tel. : 3356-1509




EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS


Do: Francisco José Lins Peixoto
Aos: Srs. Juizes da Junta Recursal

1.0 - INTRODUÇÃO: Francisco José Lins Peixoto, casado, Id. 98583 Al, residente à rua Joana Rodrigues da Silva (antiga rua do Arame). no 120, bairro do Jacintinho, Maceió-Al, tendo requerido à essa Junta a apreciação do mérito com relação aos Processos 76/03, 77/03, 78/03,79/03, e 80/03, através do adv. Cláudio José Ferreira de Lima Canuto, vem informar a essa egrégia Junta detalhes que ele acha que irá contribuir para o justo resultado desse julgamento, e sobretudo, expõe as razões que indicam uma certa urgência para a conclusão desses Processos.

1.1 - RESUMO HISTÓRICO - Por volta de 1920, meu pai, Ephigênio Peixoto, mudou-se da localidade de Riachão do Cipó, município de Cajueiro/AL, para a cidade de Maceió, adquirindo o imóvel sito à rua Cap. Samuel Lins, no 180, atual bairro do Farol, onde residiu com seus pais, uma irmã viúva, uma tia solteira, e duas moças sob sua custódia.
Trabalhou como carroceiro, ajudante nas oficinas de bondes, motorneiro de bondes, e finalmente prestou concurso público para o Departamento de Correios e Telégrafos, onde foi aprovado, trabalhando por cerca de 38 anos, recebendo as merecidas promoções e se aposentando como Funcionário Público Federal.
Enquanto carteiro, ele adquiriu algumas posses na rua das Jardineiras e na rua do Arame. Passados mais de 30 anos, ele requereu Usucapião sobre essa área, que havia cultivado, cercado e construído cerca de 60 casebres de taipa e cobertura de palhas em volta desse polígono, que passou a ser a principal fonte de renda para pagamento dos impostos e das despesas de manutenção.





Ephigênio Peixoto, recebendo o aluguel de uma inquilina, em 1978.







Conforme o Processo no 416, de 18/07/1967, ainda intacto nos arquivos do Fórum desta Capital, Ephigênio Peixoto teve os seus direitos garantidos pelo Supremo Tribunal Federal, em 03/08/1971, obtendo posteriormente o registro de seu imóvel, com 3,016 hectares, devidamente qualificado nos seus limites e dimensões, apesar da contraposição ferrenha do sr. Audival Amélio, ex-vereador desta cidade, cuja Câmara tem a Galeria de sua sala de Reuniões com o seu nome.
Durante a tramitação desse Processo, o sr. Ephigênio Peixoto teve uma intensa colaboração de seu filho, Francisco José Lins Peixoto, que conseguiu colocar todos os imóveis de seu pai devidamente concluídos, documentados, ampliados e alugados, caracterizando uma verdadeira Empresa de Prestação de serviços à Comunidade.
Além desse seu filho desenvolver atividades de gerenciador, mediador e estrategista, também exerceu atividades de servente de serviços gerais, carpinteiro, marceneiro, pedreiro, pintor, motorista, eletricista, bombeiro hidráulico, desenhista etc, empregou todo o dinheiro oveniente de sua indenização, por mais de 6 anos de trabalho como Fiscal de Obras do Departamento de Obras Públicas do Estado de Alagoas (1964-1970), no patrimônio da família.



Armando Nascimento (Duda), de capacete Branco, em 1978.





Concluídos esses trabalhos, Francisco José Lins Peixoto partiu para o Rio de Janeiro, em março de 1972, para tentar um progresso nos seus estudos, especialmente os de língua inglesa e alemã, mas não sem antes pedir uma reunião com sua família.
Antes de comprar a passagem, ele solicitou uma reunião com a família para apresentar a seguinte proposta, diretamente dirigida ao seu genitor: a de que Francisco José Lins Peixoto permaneceria em Maceió por mais 1 ano, para tentar viabilizar o projeto de deixar uma Construtora devidamente organizada, depois iria estudar no Sul do País, retornando oportunamente para continuar o trabalho. Para isso, Ephigênio Peixoto teria que conviver com sua esposa na rua das Jardineiras, 162, Jacintinho, pois ela estava residindo na Av. Tereza Cristina, 46, Farol. Essa reunião ocorreu no quintal da casa, à rua Cônego Machado, no 717, Maceió/AL, de propriedade do meu genitor, onde residia minha irmã, Rita Eugênia Peixoto Braga, casada com Talvanes Silva Braga. Foi perguntado a Olívia de Albuquerque Lins Peixoto se ela aceitaria conviver com seu marido no imóvel sito à rua das Jardineiras, no162, Jacintinho, Maceió/AL. Ela respondeu que sim. A resposta de Ephigênio Peixoto à mesma pergunta foi fria e peremptoriamente negativa. Assim o redator desse escrito partiu para a cidade do Rio de Janeiro, acompanhado até à rodoviária antiga de Maceió por sua genitora, Olívia de Albuquerque Lins Peixoto, e sua tia, Maria Angélica Lins de Albuquerque Gondim. O seu genitor, Ephigênio Peixoto, já o havia anteriormente admoestado: " Dadas às condições precárias do nosso País, você não vai encontrar emprego em lugar algum".
Em 1977, fez uma visita de férias a Maceió, construindo o muro de frente da casa grande do sítio, na rua das Jardineiras. Nessa oportunidade conheci o jovem Armando Nascimento que colaborou na construção. Em 1978, voltou novamente, durante suas férias, e construiu o muro a partir da rua das Jardineiras em direção á rua Joana Rodrigues da Silva (ver fig. Acima). Nessa figura pode-se ver a cerca de estacas de miolo de maçaranduba, que é a cerca divisória com o quintal de D. Áurea, nossa vizinha até os dias de hoje.
Em 1981, meu pai nos visitou na cidade do Rio de Janeiro, para tratamento de saúde. Quando ele teve alta, aproveitamos para passear no Rio Grande do Sul. Ele aproveitou para conhecer o meu sogro, Cláudio Dick, e toda a família de minha esposa (ver fig. ao lado).



Ephigênio Peixoto na casa de Cláudio Dick, no Rio G. do Sul.




Em julho de 1982, estive em Maceió e pude visitar meus pais, assim como outros parentes (ver as 2 figs. seguintes). Ele passou os últimos meses de sua vida na casa onde residia sua esposa, à av. Tereza Cristina (hoje av. S. Rita), no 46.



Ephigênio Peixoto e sua esposa, em julho de 1982, em Maceió.





De volta a Maceió, no dia 7 de dezembro de 2000, encontrei o imóvel, onde me criei e trabalhei ajudando a meu pai até à idade de 27 anos, numa situação deplorável. Onde havia cerca de 450 jaqueiras, 350 mangueiras, inúmeros cajueiros, pitombeiras, genipapeiros, pitangueiras, pés de maracujás açu e mirim, de frutas-pão, de abacaxis, coqueiros que produziam cerca de 1000 cocos de 3 em 3 meses, cabotãs, cipós, cabaças etc, víamos apenas chão desfolhado, alguns tocos queimados, esgotos a céu aberto e muito lixo. Os muros e algumas edificações que meu pai havia erigido nos últimos anos de sua vida, estavam completamente desaparecidos. Compreendi que a violência com que essas árvores foram destruídas, e suas raízes queimadas, não poderia ser obra do acaso, ou seja, como resultado apenas da delinqüência e da desorganização do nosso município.




Ephigênio Peixoto e seu filho, em 12/09/82, em Maceió.







2.0 - PISTAS PARA SE ENTENDER A ATUAL SITUAÇÃO - Nessa experiência, que agora se aproxima dos 4 anos, pude colher testemunhos e informações que me fizeram ficar mais curioso, e ao mesmo tempo perplexo, quanto aos mecanismos que controlam e direcionam a sociedade. Por exemplo, uma certa manhã, 01/10/2001, vi um grupo de homens com gaiolas para aprisionar passarinhos no vale do meu imóvel. A primeira reação foi de desespero e desânimo, pois eu já tinha conquistado um certo respeito com relação a esse tipo de contravenção. Então pensei em desistir de tudo. Mas, num arroubo de determinação e coragem, fui até ao local. Com a minha indagação, eles responderam que estavam somente fazendo aquilo casualmente, embora já tivessem instalado um cano para sustentar a vara onde penduram as gaiolas. Como viram que eu não estava convencido, me advertiram que ali era um lugar muito perigoso, pois era onde muitos maconheiros se escondiam. Indignado, respondi: "Peço que vocês se retirem do meu terreno e me deixem com os maconheiros". Eles foram se retirando e eu os acompanhei, até que descobri que o líder era um funcionário da SUCAM. Uma das conclusões a que eu quero chegar é que, atualmente, apesar da presença de muitos maconheiros, ex-presidiários, ladrões e assassinos etc, esse conjunto não interfere de forma decisiva na manutenção do meu negócio, pois os seus elementos não invadem permanentemente o meu imóvel. Há, portanto, uma certa organização de pessoas, que apóia e orienta essas pessoas humildes e sub-humanas, no sentido de utilizá-las para criar esse ambiente de insegurança, terror, e desesperança quanto ao cumprimento das leis, que certamente viria a tornar inviável o nosso negócio. Isso será mostrado, paulatinamente, no desenvolvimento do próximo item.

3.0 - ESTADO ATUAL DAS COISAS - Contamos com 7 casos resolvidos, com 11 inquilinos que pagam os seus aluguéis, e com 7 casos pendentes, que passamos a enumerar. Iniciamos com um croquis que mostra a localização relativa desses imóveis.




Croquis do sítio





3.1 - CASOS RESOLVIDOS - Esses casos se referem aos imóveis que estavam ocupados por pessoas que não pagavam os aluguéis e que estão atualmente sob o nosso domínio.

            3.1.1 - Casa no 120 - Esta casa serve como nossa residência e foi recuperada logo que chegamos a Maceió. Estava ocupada pelo inquilino Cícero da Silva, que recebeu uma casa da herança deixada por sua genitora, sita à rua Cel. Paranhos, no 859, Jacintinho. Ele não devolveu a chave e deixou uma dívida de R$ 275,00, correspondente a 11 meses de aluguel, no valor de R$ 25,00 por mês. Com ajuda do casal João e Genoveva, encarregados do recebimento dos aluguéis, fomos informados de que o referido imóvel havia sido desocupado e que era iminente a invasão do mesmo por algum aventureiro. Esse mesmo casal nos acompanhou e nos orientou até que conseguimos obter a chave e tomar posse do imóvel. A dívida foi resgatada através do Processo 1882/01, no 6o Juizado.

3.1.2 - Casa no 140 - Situada na rua Joana Rodrigues da Silva, foi ocupada pelo indivíduo José Márcio da Silva, colocado pelo cidadão Rosivaldo Gomes de Santana, que cercou uma área atrás da casa, durante a nossa estada no Rio de Janeiro, com a intenção de se apossar. Parte da nossa luta para reaver esse imóvel está narrada nos apêndices (ver APÊNDICE No 1), e finalizou com uma audiência de conciliação no 6o Juizado, com o Processo 1886/01, onde foi gasta a quantia de R$ 200,00 para que o cidadão Rosivaldo Gomes de Santana retirasse a cerca e entregasse a chave do imóvel, que ocorreu no dia 07/03/2001, uma vez que ele mesmo inocentou o comparsa, assumindo a autoria do crime.

3.1.3 - Casa 154-A, situada na rua Joana Rodrigues da Silva, ocupada por José Ailton da Silva. Foi feito um acordo para deixar o imóvel em 45 dias, de acordo com o Processo 1886/01, no 6o Juizado. O Oficial do 6o Juizado ficou encarregado de executar essa cobrança e a dívida pendente, de R$ 400,00, foi paga no dia 26/10/04.

3.1.4 - Casa 154-B, à rua Joana Rodrigues da Silva. Estava alugada a Luiz José da Silva Filho, que através do Processo 1885/01, no 6o Juizado, teve a sua dívida de R$ 440,00 perdoada, deixando o imóvel no prazo de 15 dias.
3.1.5 - Casa 154-fundos, à rua Joana Rodrigues da Silva. Alugada a Marcondes dos Santos Silva, e de acordo com o Processo 1883/01, no 6o Juizado, sofreu a pena de revelia. Contudo ele colocou o irmão, Cícero José dos Santos Silva, que finalmente abandonou o imóvel, em 29/06/2001 (ver APÊNDICE No 2).

3.1.6 - Casa à rua Joana Rodrigues da Silva, s/n, ocupada pelo inquilino Amaro Salustiano. Através do Processo 2543/02, no 6o Juizado, houve um acordo em que a dívida de R$1.193,64 foi perdoada, além da doação das telhas, tijolos, pedras e portas da casa. Ele retirou-se em 20/03/03.

3.1.7 - Luzia e Jardison. Desocuparam o imóvel, que foi integrado à casa no 8, da rua Triunfo.


3.2 - CASOS DE INQUILINOS QUE PAGAM OS ALUGUÉIS

3.2.1 - Manoel Fidelis de Souza, ocupando a casa no 8, à rua Triunfo, pagou os meses de fevereiro a setembro de 1997 à Genoveva, dando continuidade a esses pagamentos até à data de 08/06/2002, quando pagou os meses de junho a dezembro de 1998. Em 08/05/2003 foi perdoada a dívida de R$ 820,05, referente aos anos de 1999, 2000, 2001, 2002, como também os IPTUs das casas 8 e 9. Nesse dia ele pagou os meses de janeiro e fevereiro de 2003. Em 10/10/2003 ele pagou o mês de março de 2003. Em 09/12/2003 ele pagou os meses de abril e maio de 2003, e os meses de junho e julho/2003 em 06/09/2004. O aluguel é de R$15,00 por mês.

3.2.2 - Casa no 20, situada na rua Triunfo. Neste imóvel reside o inquilino José dos Santos, e de acordo com o Processo 2541/02, no 6o Juizado, foi perdoada a dívida de R$ 408,90, em 06/03/2002, está pagando a dívida de R$ 1000,00 em 25 prestações. Ele já resgatou 20 dessas 25 parcelas e paga o aluguel mensal de R$ 20,00. O último pagamento desse aluguel mensal foi no dia 22/09/2004, correspondente ao mês de abril de 2004.

3.2.3 - Casa no 21-B, situada na rua Triunfo. Devido ao Processo 2530/02, no 6o Juizado, foi perdoada a dívida de R$ 1504,65 e assinado um contrato de aluguel mensal de R$ 25,00, com o sr. Sebastião Alves da Silva, em 30/03/2002. O último pagamento correspondeu ao mês de maio/2004, efetuado em 07/06/2004.

3.2.4 - Casa no 26-A, situada na rua Triunfo, ocupada pelo inquilino Darcy Amorim, com sua esposa, Lucimar de Oliveira Amorim Nascimento, sua filha, Arla Amorim Nascimento e seu filho, José Alan Amorim Nascimento. Ele vem pagando os aluguéis normalmente, desde que herdamos essa propriedade em fevereiro de 1997. Pagou o mês de agosto de 2004, em 13/09/2004 e o aluguel é de R$25,00 por mês. O primeiro mês foi pago em 09/05/97, correspondente ao mês de fevereiro de 1997. Até o dia 22/11/2000, quando saldou o aluguel do mês de outubro de 2000, os pagamentos foram recolhidos pelo casal João e Genoveva. O próximo pagamento, realizado em 27/12/2000, já foi feito diretamente à minha esposa, Clara Maria Dick Peixoto, pois já estávamos residindo em Maceió.

3.2.5 - Casa no 26-B, situada na rua Triunfo, alugada ao inquilino José Sampaio. Através do Processo 2542/02, no 6o Juizado, foi perdoada a dívida de R$ 1.140,00, tendo ele que pagar o IPTU de R$ 57,75 e assinar um contrato de aluguel mensal de R$ 25,00. Efetuou o último pagamento em 09/07/2004, correspondente ao mês de abril de 2004 (ver APÊNDICE No 10).

3.2.6 - Casa no 28, situada na rua Triunfo. Alugada à inquilina Maria Antônia, não tendo sido necessário recorrer à Justiça. Em 14/03/2003, foi feito um acordo entre as partes e perdoada a dívida de R$1.162,38, referente aos anos de 1998 a 2002, mais IPTUs. Efetuou o último pagamento em 15/04/2004, referente ao mês de fevereiro de 2004.

3.2.7 - Casa no 48, situada na rua Triunfo. De acordo com o Processo 2535/02, no 6o Juizado, foi locada a Ricardo dos Santos Gomes, conforme contrato de aluguel mensal de R$20,00. Encontra-se em fase de execução de cobrança pelo Oficial do 6o Juizado, por não cumprir o trato feito na Justiça, em 09/04/02.

3.2.8 - Casa no 4, situada na rua Joana Rodrigues da Silva (Antiga rua do Arame), alugada a Maria Carmelita da Silva. Nesse caso, não houve necessidade de se levar o caso ao 6o Juizado, pois ela sempre reconheceu a nossa posse. Foi feito o último pagamento em 08/09/2004, correspondente ao mês de dezembro de 2001, no valor de R$20,00.

3.2.9 - Casa no 14, situada na rua Joana Rodrigues da Silva (Antiga rua do Arame), ocupada pela inquilina Sebastiana Silva dos Santos. De acordo com o Processo 2548/02, no 6o Juizado, foi perdoada a dívida de R$ 1.890,00, ficando a mesma pagando o aluguel de R$20,00, conforme contrato assinado no dia da audiência. O último pagamento foi realizado em 27/02/2004, correspondente a dezembro de 2003.

3.2.10 - Casa no 32 anexo, situada na rua Joana Rodrigues da Silva (Antiga rua do Arame), ocupada por Ana Paula da Silva, filha de Antônia Maria da Silva, que vem se dispondo a pagar o aluguel mensal de R$15,00, conforme acordo firmado no 6o Juizado, em 11/03/2002, onde foi perdoada a dívida de R$924,36 e assinou um contrato de locação de R$10,00 por mês. Em março de 2003 passou a pagar R$15,00 por mês. O último pagamento foi em 02/09/2004, correspondente ao aluguel do mês de julho de 2004.

3.2.11 - Casa no 32, situada na rua Joana Rodrigues da Silva (Antiga rua do Arame), alugada a Antônia Maria da Silva, que paga o aluguel mensal de R$ 20,00, desde que herdamos essa propriedade, em fevereiro de 1997. Pagou o mês de agosto de 2004 em 02/08/2004.

3.3 - CASOS PENDENTES

3.3.1 - Casa no 40, situada na rua Triunfo, alugada a José Porfírio dos Santos, de acordo com o Processo 2533/01, no 6o Juizado, e com o 79/03 nesta Junta Recursal (ver APÊNDICE No 7).

3.3.2 - Casa no 52, situada na rua Joana Rodrigues da Silva (Antiga rua do Arame), alugada a Sebastião Pulquério de Lima, de acordo com o Processo 2432/02, no 6o Juizado, e com o 80/03 nesta Junta Recursal. É um caso dos mais notáveis, pois foi juntado ao Processo 2432/02, um contrato de aluguel com a impressão digital do inquilino, pois ele se declarou analfabeto, que foi prontamente recolhida outra cópia no dia da audiência, pelo dr. Paulo Henrique Lopes Cavalcanti, na função de conciliador, para ser comparada com a existente no contrato, mas não houve seguimento. Além disso, já tínhamos um contrato assinado pela esposa do inquilino. Isso porque tínhamos passado na casa 52, e justamente devido ao impedimento do sr. Sebastião Pulquério de Lima de assinar, nos conformamos com a assinatura da esposa. Porém, a sra. Genoveva, ao receber este inquilino em sua casa, pediu emprestado uma almofada de carimbo à vizinha e confirmou esse contrato (ver APÊNDICE No 8).

3.3.3 - Casa no 64 - Ocupada pelo inquilino Cícero Afreu dos Santos, situada na rua Joana Rodrigues da Silva. Corresponde ao Processo 2531/02, no 6o Juizado, e ao 76/03 nesta Junta Recursal (ver APÊNDICE No 9).

3.3.4 - Casa no 86 - Ocupada pelo inquilino Gerson Clarindo Freire, situada na rua Joana Rodrigues da Silva. Corresponde ao Processo 2332/01, no 6o Juizado, encontra-se em fase de penhora de bens pelo Oficial do 6o juizado, para cobrança da dívida de R$1.392,87,00, correspondente aos aluguéis até setembro de 2001. Ele faleceu em 21/01/04, mas antes impetrou um Mandado de Segurança contra a Mma Juíza Denise Calheiros por ter perdido a Causa. Esta Junta Recursal deu ganho de causa à Juíza, por unanimidade. Convidamos o Espólio para uma composição, no 6o Juizado, através da Defensora Pública Silvana Maria Lamenha Raposo, mas foi recusada a possibilidade de conciliação pelo Cícero Gomes Freire, que se disse representante do espólio (ver APÊNDICE No 3).
3.3.5 - Casa no 96 - Ocupada pela inquilina Josefa Raimundo de Araújo Silva, situada na rua Joana Rodrigues da Silva. Corresponde ao Processo 2549/01, no 6o Juizado, e ao 77/03 nesta Junta Recursal (ver APÊNDICE No 4).

3.3.6 - Casa no 104 - Ocupada pela inquilina Maria Helena dos Santos Silva, situada na rua Joana Rodrigues da Silva. Corresponde ao Processo 2329/01, no 6o Juizado, e ao 78/03 nesta Junta Recursal. É um dos casos, a exemplo do que se segue, que mais tem transgredido as regras do bom relacionamento (ver APÊNDICE No 5).

3.3.7 - Casa no 114 - Ocupada pela inquilina Adeilda da Silva Nogueira, situada na rua Joana Rodrigues da Silva. Corresponde ao Processo 2267/01 e 2451/01, no 6o Juizado. Ela tem outros processos e queixas no 9o Distrito Policial, iniciados por mim e na defesa dos meus direitos (ver APÊNDICE No 6).


4.0 – COMENTÁRIOS FINAIS

            4.1 – Essa exposição resumida mostra um patrimônio construído com muito trabalho, dedicação, abnegação e luta, na forma que seria a mais autêntica e coerente para um país do Terceiro mundo, e justamente por essa particularidade, revelou ser o patrimônio mais difícil de pertencer aos seus legítimos construtores.
            4.2 – O procedimento de regularização desse imóvel, da parte que coube a Francisco José Lins Peixoto, a partir de 1997, foi de forma caridosa, digna e amigável, além de estar dentro dos ditames da lei. Desse modo para ser ágil e vitoriosa tem que contar com funcionamento pleno da Justiça, ajudada pela eficiência do Poder Executivo do Município.
            4.3 – Podemos comprovar parte da limpeza realizada na área, próxima ao imóvel que residimos, através dos comprovantes de pagamento relativos a retirada de entulhos:


Data
Empresa
Caçamba
Preço(R$)
1.    
30/12/00
LIMPEL – Limpeza Urbana LTDA
cx. 116
30,00
2.    
10/03/01
LIMPEL – Limpeza Urbana LTDA
cx. 149
30,00
3.    
12/03/01
LIMPEL – Limpeza Urbana LTDA
cx. 149
30,00
4.    
16/03/01
LIMPEL – Limpeza Urbana LTDA
cx. 143
30,00
5.    
03/05/01
LIMPEL – Limpeza Urbana LTDA
cx. 119
30,00
6.    
06/07/01
LIMPEL – Limpeza Urbana LTDA
cx. 51
25,00
7.    
17/07/01
EMBRALIMPE

21,00
8.    
27/09/01
EMBRALIMPE

23,00
9.    
23/10/01
EMBRALIMPE

23,00
10.             
28/01/02
EMBRALIMPE

23,00
11.             
17/05/02
EMBRALIMPE

23,00
12.             
09/11/02
LIMPEL – Limpeza Urbana LTDA
CX.78
30,00
13.             
24/12/02
Lider Disk Entulho
cx. 5934
40,00



Total
368,00

 
 




























            Deve-se levar em conta que essas caçambas foram cheias com lixo catado e transportado, manualmente, de diversos locais do terreno.


            CONCLUSÃO – Como a concorrência mundial, impossível de se evitar, necessita que o Brasil tenha formas eficientes de reger o convívio interno entre os seus cidadãos, para que esses cidadãos possam produzir as riquezas necessárias à nossa defesa perante aos países ricos, esperamos ter contribuído com esse modesto trabalho, procurando mostrar os pontos fracos no que concerne a diversos mecanismos administrativos do nosso Município.













A1. APÊNDICE No 1 - Rosivaldo Gomes de Santana

            Com esse apêndice venho trazer à tona as primeiras medidas esclarecedoras sobre a situação do nosso imóvel. A CARTA ABERTA No 1, mostrada a seguir, foi entregue a diversas pessoas com intuito de manifestar o firme repúdio à forma como denegriram o patrimônio da minha família, e, indiretamente, da sociedade como um todo. A CARTA ABERTA No 2 deixou claro que não me conformei com esse resultado, e que começo a me movimentar para reverter a situação. Ao lado da busca dos meus direitos, um grande esforço tem sido feito para obter o reconhecimento da sociedade no que tange aos efeitos sociais, culturais e políticos, causados pela recuperação desse patrimônio. Como se depreende da CARTA ABERTA No 2, o saneamento da área imediatamente sob o nosso domínio, a construção de calçada e muro, mudou radicalmente o cenário de lixo e podridão reinante, contribuindo também uma mudança no sentido psicológico e cultural.
            Nesse primeiro esforço, constatei que uma parcela importante das dificuldades que se tem está representada pelo modo como as entidades públicas, sejam autarquias ou concessionárias do Poder Público atuam. Vamos analisar alguns pontos percebidos nessa CARTA ABERTA No 2:
        1o) A CASAL, através de seus empreiteiros, depositou entulhos no meu terreno, em grande quantidade. Isso foi reconhecido, embora informalmente, e a providência foi apenas de aplainar esse entulho com uma máquina. O direito do proprietário de dispor do seu terreno natural, e a provável diminuição dos custos da obra da CASAL com o sacrifício de um único contribuinte, são implicações que certamente não foram devidamente contabilizadas.
             2o) Foi com muita insistência e persistência, que se conseguiu o desligamento clandestino da energia da CEAL, que abastecia a residência do invasor José Márcio da Silva. Essa ligação clandestina já tinha provocado um choque num animal e poderia ter sido fatal para pessoas, pois a fiação se estendia pelo chão, atravessando um terreno e com conexões precárias. Na verdade, a ligação clandestina já tinha sido eliminada pelo eletricista da CEAL, no dia 27/12/2000, mas que foi religada sem que soubéssemos quem teria sido o autor da operação. Foi então que chegou uma viatura da CEAL, no dia 05/01/2001, com 2 eletricistas e com o Chefe Valdo, que providenciou o desligamento do circuito clandestino. Nesse episódio, muito me impressionou quando o eletricista, já na posição de subir na escada, hesitante, veio me perguntar se era para desligar mesmo. Eu, muito apreensivo, indiquei o Chefe Valdo como sendo a autoridade para dar uma resposta.
       3o) A obtenção de um registro de ocorrência no 9o Distrito foi mais difícil ainda. Parte do encadeamento dessa operação está narrado nessa CARTA ABERTA No 2. O que não consta da narração é que no dia 03/01/01 fomos expulsos da sala pelo delegado, após a minha insistência em que se fizesse um registro da ocorrência. Isso muito nos constrangeu e desanimou, pois parecíamos crianças sendo expulsas de um local proibido para elas, aos gritos de “Fora! Fora!”







A1.2. CARTA ABERTA  aos moradores das ruas do Arame, Triunfo e aos demais interessados

Francisco José Lins Peixoto


            Cheguei a Maceió no dia 07/12/2000, às 19:30h, com a finalidade de realizar benfeitorias no terreno do Jacintinho, situado na rua do Arame e rua Triunfo, herdado de minha mãe, Olivia de Albuquerque Lins Peixoto, esposa de Ephigênio Peixoto.
            Esse patrimônio teve origem na década de 1930 quando meu pai, Ephigênio Peixoto, adquiriu algumas benfeitorias no local e começou a formar um sítio com centenas de jaqueiras e mangueiras.
            Com sua casa construída, na rua das Jardineiras, casou-se em 1940, nascendo minha irmã, Rita Eugênia Lins Peixoto, no dia 14 de setembro de 1943. No dia 27 de fevereiro de 1945, com a boa notícia do término da 2a guerra mundial, às 12h, nasci.
            Mais tarde, a nossa casa foi ampliada e o sítio cercado com estacas de miolo de massaranduba. Meu pai continuou o trabalho, plantando coqueiros e construindo casebres em volta do sítio. Esses casebres eram construídos de taipa (pau a pique) e cobertos com palha. Até portas e janelas eram feitas com palhas de palmeiras. A taipa era executada com varas amarradas com cipó, de preferência o cipó croapé, barro pisado e enchimentos retirados da vegetação do terreno.
            Depois, a custa de muita economia e trabalho, meu pai foi comprando telhas para a cobertura, tijolos maciços para os pisos, confeccionando portas e janelas de tábuas, assim melhorando o seu investimento, pois não faltavam inquilinos para usufruir dessa comodidade.
            Sempre melhorando os imóveis, ele partiu para a construção das cozinhas, banheiros com privadas e fossas. Resta dizer que naquela época era comum a ida ao mato, sendo que todos conheciam as folhas úteis ao uso, as quais substituíam o nosso atual papel higiênico.
            Depois veio a luz elétrica e a água encanada. Finalmente veio o transporte de massa e a pavimentação das ruas.
            Eu trabalhava no Departamento de Obras Públicas (DOP) desde 1964. Quando o mesmo foi extinto, no segundo semestre de 1970, fomos todos demitidos e indenizados. Utilizei todo o valor da minha indenização, além do meu trabalho diário, para melhorar o patrimônio do meu pai, concluindo todas as obras no início de 1972.
            No dia 16 de março de 1972, cheguei à cidade do Rio de Janeiro à procura de emprego. Voltei à Maceió, em 1977, de férias, e trabalhei febrilmente para construir o muro da casa de meu pai, à rua das Jardineiras, época em que conheci o pedreiro Armando do Nascimento. Voltei mais uma vez, em 1978, nas mesmas condições, e construí mais muros em volta da casa.
            De volta ao Rio de Janeiro, soube que meu pai continuou a construir esse tipo de muro para proteger o sítio, abaixo da rua Triunfo.
            Percebia-se que meu pai declinava e perdia as forças na velhice. Recebi alguns telefonemas dele pedindo desesperadamente a minha volta. Infelizmente não pude atendê-lo e tentei explicar-lhe que agora tinha prestado concurso público e era professor universitário na Universidade Federal do Rio de Janeiro, além de lecionar na Universidade Gama Filho e na Sociedade Universitária Professor Nuno Lisboa. Não havia mais caminho de volta. Assim casei-me em 22 de fevereiro de 1980 com Clara Maria Dick Peixoto e viemos às pressas para o enterro do meu pai, em 1982.
            Agora encontro o nosso patrimônio destruído, os tijolos da descida, no final da rua Triunfo, desaparecidos, antigos e novos inquilinos que se dizem desobrigados de pagamento por falta de recursos, árvores e edificações nos locais por mim considerados sagrados, pois foram banhados com suor e sangue do trabalho, desde o meu avô paterno.
            Algumas dessas pessoas, que invadem parte dessa área, alegam que o terreno não tem dono, ou desconhecem o seu dono.


Maceió, 15 de dezembro de 2000.
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Francisco José Lins Peixoto


A1.3. CARTA ABERTA N° 2

                                                                                Francisco José Lins Peixoto

A primeira Carta Aberta tratou de uma biografia resumida de nossa família e de nossa intenção de melhor administrar os bens herdados de minha genitora, Olívia de Albuquerque Lins Peixoto.

Primeiras Movimentações

1) No dia 09/12/2000 iniciamos a retirada da cerca, entre os imóveis de n° 120 e 140 da rua Joana Rodrigues da Silva, com o objetivo de construir um muro e passeio, para assim valorizar aquele trecho da rua. Apesar dos esforços do Sr. Rynaldo Atayde dos Santos, residente em frente ao terreno, a população insistia em depositar lixo no local, o que causou o nosso compromisso verbal de iniciar os serviços ainda no Natal.
Ainda nesse dia, 09/12/2000, abrimos a casa n° 120 com a chave recebida do inquilino José Cícero de Oliveira Araújo, que pretendemos utilizar para guarda do material da obra.
Essa chave foi recuperada no dia 07/12/2000, à noite, com ajuda do casal João Carlos dos Santos e Genoveva, o qual nos representou até então, tratando dos nossos interesses e recebendo os aluguéis. Naquela noite, deixamos nossa motocicleta em frente à residência deste casal e fomos no automóvel deles até à casa n° 120, da rua Joana Rodrigues da Silva. Conversamos com o vizinho Rynaldo sobre um grande volume de areia lavada que se encontrava próximo à casa n° 140. Ele disse que pertencia a uma pessoa de boa índole, e que ia avisar a ele para as devidas providências. Reiteramos o pedido ao invasor da casa n° 140 para que ele se retirasse da casa e que providenciasse a retirada do tablado que demarca parte do nosso terreno.
De lá, fomos até à casa onde morava a genitora do inquilino José Cícero de Oliveira Araújo à rua Cel. Paranhos, n° 859, que era do conhecimento do casal João e Genoveva. Chegando a este local, verificamos que o Sr. José Cícero não se encontrava, mas a esposa dele nos entregou a chave da casa n° 120.
2) No dia 10/12/2000, fomos à missa na Igreja de Santo Antônio, na rua Cel. Paranhos, e aproveitamos para cobrar os aluguéis devidos pelo José Cícero de Oliveira Araújo, que reside em frente a esta Matriz, que corresponde ao aluguel de R$ 25,00, totalizando cerca de R$ 275,00.

3) No dia 11/12/2000, continuamos a retirar os arames da cerca entre as casas 140 e 120 da rua Joana Rodrigues da Silva.
Nesse dia, estive na Câmara de Vereadores de Maceió, na CASAL e na Prefeitura. Na Prefeitura, para obter informações sobre as exigências para construção do passeio. Na CASAL, para tratar da retirada de entulhos depositados no nosso terreno por empreiteiras daquela companhia. Na Câmara, porque somos integrantes da Rede de Cidadania Sul-Fluminense, que é um movimento de promoção da Cidadania Ativa.
De volta à rua Joana Rodrigues da Silva, procurei o cidadão que havia estocado a areia lavada junto à nossa cerca, dificultando, inclusive, o nosso trabalho. Ele se disse chamar Sr. Luiz e que prometeu retirar a areia naquele dia.

4) No dia 12/12/2000, fui no SMCU e consegui uma entrevista com o Engenheiro Francisco Beltrão, que me orientou sobre a construção do muro e passeio na rua Joana Rodrigues da Silva. Foi de muito valor um encarte da SMCU, que normaliza a construção dos passeios públicos e cita a lei n° 3536/85, no seu art. 233. Tirei inúmeras cópias do encarte e distribuí na rua Joana Rodrigues da Silva, por achar que o conteúdo é de grande valor educativo. Visitei novamente a residência do Sr. Luiz, e desta vez recebi a promessa de seu cunhado de que seria providenciada a retirada do restante da areia que estava no local onde eu estou preparando a futura construção do passeio público.
Uma vez que o invasor da casa n° 140, José Márcio da Silva, não cumpriu o acordo de retirada completa do tablado e entrega da chave da casa, nem de sua parte nem do que ele alega ser seu protetor, um cidadão que se diz Vice-Presidente da Ass. de Moradores do Jacintinho, resolvemos ir à casa deste cidadão, Rosivaldo Gomes de Santana, à rua das Jardineiras, onde o encontramos, juntamente com sua esposa. Esta nos narrou o seu projeto de estabelecer uma creche no nosso terreno e se nós aceitaríamos. Eu respondi que tinha outros planos para nossa propriedade, ao que o seu marido, Rosivaldo, retrucou: "Não adianta insistir, não está vendo que ele não quer acordo?". Eu, imediatamente, lhe fiz ver que só faz acordo quem está devendo... . Recebi o telefonema da CASAL, através do funcionário Luiz Emanoel, para tratarmos da colocação indevida de materiais no nosso terreno.
Ainda fui à Sessão da Câmara, às 16:30h, onde conheci os vereadores Judson Cabral e Aliomar Lins.

5) No dia 13/12/2000 retiramos o resto dos paus da cerca e começamos a limpar o lixo junto ao meio-fio.
Fui interpelado pelo cidadão Alano, irmão do nosso inquilino Marcondes, em presença do inquilino José Sampaio, para questionar o trânsito do seu irmão até à residência do mesmo, pois a antiga passagem fora obstruída por outros. Aproveitei para abordar um outro assunto: o fato do irmão dele, Marcondes, não efetuar o pagamento dos aluguéis. Este se exaltou um pouco e disse que não era só o seu irmão que devia e que ele resolveria. Ao que eu silenciei e ele se retirou.
Fui na CASAL e entrei em contato com o funcionário da CASAL, Luiz Emanoel, que trabalha juntamente com o Engenheiro José Ferreira de Souza. O Sr. Luiz Emanoel constatou a colocação de entulhos no nosso terreno e prometeu que o fato seria corrigido.
Fomos na CEAL para solicitar o religamento de energia na casa n° 120 da rua Joana Rodrigues da Silva. Compareci à Sessão da Câmara, como de costume, e conversei com o vereador Judson Cabral e seu auxiliar, Gildo Santana de Souza.

6) No dia 14/12/2000, verifiquei que a areia lavada, depositada pelo Sr. Luiz, havia sido totalmente retirada. Como achei fundamento em parte da reclamação feita pelo cidadão Alano, quanto à obstrução da entrada da casa de seu irmão, Marcondes, resolvi investigar esse fato. O Sr. Luiz José da Silva Filho e sua esposa Maria Bezerra da Silva, meus inquilinos e vizinhos imediatos do cidadão Marcondes, assumiram o fechamento da referida passagem, que fica nos fundos e ao lado da residência desses inquilinos. Os mesmos concordaram amistosamente e me ajudaram a restabelecer o livre acesso do cidadão Marcondes ao local onde mora.
- Ouvi a proposta de um passante, que se disse chamar Antônio, para alugar uma de nossas casas, pois paga um aluguel de R$ 80,00 numa vila, portanto de qualidade inferior aos nossos imóveis, cujos aluguéis variam atualmente, entre R$ 10,00 e R$ 25,00.
Fui para casa e comecei a redigir a primeira Carta Aberta aos Moradores da rua do Arame, Triunfo e demais interessados. Depois, compareci à Sessão da Câmara, e mais tarde, ao debate sobre o Orçamento Municipal, no Sindicato dos Urbanitários com a presença dos vereadores Judson Cabral e Aliomar Lins. Fomos informados de que a previsão do orçamento para 2001 é de cerca de 408 milhões de Reais, baseada no valor arrecadado de cerca de 290 milhões em 2000. A descrição de vários itens do Orçamento também não correspondem, de forma coerente com o título correspondente, referendado pela Lei de Diretrizes Orçamentárias. Esse orçamento deveria ter sido detalhadamente discutido por todos os vereadores, a partir de junho de 2000, mas houve um esvaziamento do Plenário da Câmara, que persistiu até o mês de dezembro de 2000.

7) No dia 15/12/2000 estive na Sessão Pública da Câmara, em que, além de alguns convidados, somente os vereadores Judson Cabral e Aliomar Lins estiveram presentes. O assunto era dos mais importantes, qual seja o que trata da segurança dos habitantes quanto à possibilidade de um incêndio no Centro da Cidade. Tive oportunidade e a honra de ocupar a Tribuna da Câmara e de ter o meu breve discurso gravado nos anais daquela Casa. Tirei uma cópia da Lei Orgânica do Município, emprestada pelo vereador Judson Cabral, pois a Secretaria da Câmara não tinha condições de me fornecer, devido à falta de verbas. Isso caracteriza o enfraquecimento do Poder Legislativo Municipal, enfraquecimento esse que não interessa aos cidadãos, pois é um poder que deve nos representar e defender.
Na rua Joana Rodrigues da Silva ( Antiga rua do Arame ), verificamos que o empreiteiro da CASAL tinha aplainado o entulho ao invés de retirá-lo.

8) Fui na CASAL e conversei longamente o Eng.º José Ferreira de Souza. Às 9:30 h, voltei a ter um contato com o funcionário da CASAL, Luiz Emanoel, para acertar a retirada do Entulho.

9) Fui na COBEL para solicitar mais uma vez a retirada do lixo que varremos na rua Joana Rodrigues da Silva. O encarregado da Firma Galtama, Cícero, me procurou para dar uma  solução ao caso do entulho depositada no nosso terreno, proveniente de uma obra da CASAL. De fato, as 14:30h, o Cícero me apanhou, no endereço combinado, e fomos Até o local, na rua Joana Rodrigues da Silva, para chegarmos a um acordo. Examinamos o local e ele concordou em retirar algumas caçambas de entulho do final do terreno, dando prazo a limite da 3ª feira (26/12/2000).

10) No dia 23/12/2000 passamos a manhã regularizando o local para construção do passeio público entre os números 120 e 140 da rua Joana Rodrigues da Silva.

11) No dia 27/12/2000 quase terminamos de fazer a regularização do terreno para construção do passeio público, conforme item anterior deste documento. O eletricista da CEAL, Djalma Bento da Silva, veio fazer a inspeção para religamento de energia da casa 120 ( item anterior)  e constatou uma ligação clandestina que abastecia a casa de no 140. Foi feito o desligamento desta ligação irregular. Passamos na casa  do Sr. Rosivaldo Gomes Santana, onde se encontra uma placa da Associação de Moradores do Jacintinho, para cientificá-lo do risco de vida que causa uma ligação clandestina, com os fios enterrados precariamente no terreno onde estávamos trabalhando. Pedimos mais uma vez que ele devolvesse a chave da casa n.º 140, e que retirasse o restante do tablado que demarca parte do nosso terreno. Ele afirmou que só retiraria o seu tablado e que o cidadão Márcio só sairia da casa quando todos os outros invasores saíssem, que eu estava atrapalhando sua vida e que eu estava incomodando-o em sua casa. Para completar, disse ameaçadoramente a minha esposa, quando esta, de dentro do veículo lhe indagou: " Vamos trocar de posição, coloque-se no nosso lugar..." ele ameaçou com o dedo em riste: " Eu estou falando com ele, não estou falando com a senhora."
Diante disto, procuramos as autoridades no 9º Distrito Policial para nos protegermos. O chefe do Expediente, Jeferson Gomes da Silva, marcou uma audiência para o dia 28/12/2000, às 9:30 h.

12) Comparecemos ao 9º Distrito, à hora marcada, mas o chefe do Expediente explicou que não houve tempo hábil para convocação das partes e adiou para o dia 29/12/2000, às 9:30h. Nessa nova data, foram acareados o cidadão Márcio e o cidadão Rosivaldo, mas não houve registro da ocorrência. Já satisfeito com o resultado, consultei a agente Maria Consuelo F. Farfus, que me aconselhou a ligar para o Delegado Eraldo Brasil Filho, titular do daquele Distrito Policial. Ligamos para o Delegado e ele disse que nos atenderia no próximo dia 02/01/2001.

13) No dia 30/12/2000, trabalhamos mais um pouco na rua Joana Rodrigues da Silva. Telefonei para a Limpel e esta colocou uma caçamba em frente ao terreno. Por volta das 12:30h, pessoas de uma denominação religiosa da rua Joana Rodrigues colocavam detritos no nosso terreno, utilizando um carro-de-mão para o transporte. Falamos com um integrante do grupo, Robert, e este se prontificou a retirar o material já depositado e não colocar mais.

14) No dia 02/01/2001, fomos ao 9o Distrito Policial e o Delegado marcou uma audiência para o dia 03/01/2001, às 10:00h. No dia 03/01/2001 tivemos uma nova audiência com os cidadãos Rosivaldo e Márcio, e com o Delegado Eraldo Brasil Filho, mas sem registro de ocorrência. Inconformados com a falta de registro de ocorrência, procurei a Delegada Aureni Moreno, que se prontificou a ir conosco ao 9o Distrito, no dia 04/01/2001.

15) No dia 04/01/2001, às 9:00h, entramos em contato com a Delegada Aureni Moreno, que nos acompanhou até o 9o Distrito, e logo depois voltou ao seu trabalho. Nós permanecemos ali até às 12:15h, quando fomos chamados ao gabinete do Delegado. Este nos convocou para uma nova audiência com os cidadãos Rosivaldo e Márcio, a ser realizada no dia 05/01/2001, às 9h.

16) No dia 05/01/2001, comparecemos ao 9o Distrito, à hora marcada, e combinamos uma nova audiência para o dia 09/01/2001, às 9h, uma vez que não houve tempo hábil para convocação dos implicados, Márcio e Rosivaldo.
Uma viatura da CEAL, com 2 eletricistas e o Chefe da Sessão onde protocolamos a denúncia, Valdo, desligou a luz clandestina da casa no 140, da rua Joana Rodrigues da Silva. Essa providência foi sugerida pelo Delegado do 9° Distrito, Bel. Eraldo Brasil Filho.

17) No dia 09/01/2001, comparecemos ao 9o Distrito e fomos informados de que os cidadãos Márcio e Rosivaldo não foram localizados para entrega das intimações. O Chefe do Expediente, Jeferson Gomes da Silva, marcou uma nova audiência para o dia 10/01/2001, às 9:00h.

18) No dia 10/01/2001, comparecemos à nova audiência, no 9o Distrito, na hora marcada, e encontramos os cidadãos Rosivaldo Gomes de Santana e José Márcio da Silva, na presença do Delegado Eraldo do Brasil Filho e do Escrivão. Recebemos uma cópia de um TERMO DE COMPROMISSO, com os dados e assinaturas dos referidos cidadãos.

Maceió, 10 de janeiro de 2001.

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Francisco José Lins Peixoto


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