A palavra repolitica está associada á idéia de se refazer, ou seja, começar tudo de uma outra forma. No caso da politica, o autor da idéia, Francisco Withaker, propõe que os eleitores fiscalizem a Câmara.

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Francisco José Lins Peixoto Contatos: (82)3356-1509 Sugestões: franjolipeixoto@hotmail.com Organizei e toquei violão em um grupo de crianças da igreja católica, juntamente com minha esposa, Clara Maria Dick Peixoto. Ela cantou no grupo e era membro de um grupo de liturgia da Arquidiocese de Maceió. Leio, escrevo e falo inglês, e alemão.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Se os tubarões fossem homens - de Bertold Brecht

SE OS TUBARÕES FOSSEM HOMENS – Bertolt Brecht
Tradução de Clara e Francisco
“Se os tubarões fossem homens”, perguntou certa vez uma garotinha, filha de sua hóspede, a Bertolt Brecht: seriam eles mais bondosos com os peixes pequenos?” “Certamente”, disse ele. “Se os tubarões fossem humanos”, seriam construídas no mar fortes gaiolas para abrigarem os peixes pequenos, com toda espécie de alimentos dentro, tanto vegetais como animais. Eles cuidariam para que sempre houvesse renovação de água nas gaiolas, assim como todas as medidas sanitárias. Quando, por exemplo, um peixe pequeno tivesse sua barbatana, seria imediatamente feito um curativo, para que não morresse antes da época propícia. Para que os peixes pequenos não ficassem tristes, seriam patrocinadas, de vez em quando, grandes festas aquáticas; pois peixes alegres são muito mais saborosos que peixes tristes.
Haveria também, naturalmente, escolas nas grandes gaiolas. Nessas escolas, os peixes pequenos aprenderiam como se nada na boca dos tubarões. Aos peixes pequenos seria ensinado, por exemplo, geografia, para que pudessem encontrar os tubarões mais preguiçosos onde eles estivessem. O mais importante seria, naturalmente, a formação moral dos peixes pequenos. A eles seria ensinado que o feito maior e mais belo seria quando um peixe pequeno alegremente se sacrificasse, e todos eles deviam acreditar nos tubarões, sobretudo quando fosse dito que eles marcham para um grande futuro. Os peixes pequenos seriam convencidos de que este grandioso futuro somente estaria garantido se eles obedientemente aprendessem. Os peixes pequenos deviam se guardar de todas as tendências baixas, materialistas, egoístas e marxistas, e imediatamente avisassem aos tubarões se algum dentre eles tais tendências aparentasse.
Se os tubarões fossem humanos, haveria, naturalmente, guerra entre eles, com o fim de conquistar gaiolas inimigas e peixes pequenos de outros domínios. Nas guerras, seriam empregados os próprios peixes pequenos. Os tubarões ensinariam aos peixes pequenos que entre eles e os peixes pequenos de outros tubarões, havia uma grande diferença. Aos peixes pequenos seria anunciado que eles seriam reconhecidamente mudos, mas que silenciariam em diferentes línguas e não poderiam portanto se comunicar. Todo peixe pequeno que,na guerra, matasse outros peixes mudos de outras línguas inimigas, receberia a ordem das algas e seria condecorado como herói.
Se os tubarões fossem humanos, haveria também entre eles uma arte. Haveria lindos quadros com dentes de tubarões em cores magníficas, suas gargantas como lugar agradável onde pode-se locomover prazerosamente. O teatro do mar mostraria como peixes pequenos corajosos nadam, cheios de entusiasmo, para dentro da boca do tubarão; e a música seria tão emocionante, que os peixes pequenos, no seu ritmo, cheios de sonhos, marchariam garganta a dentro embebidos nos mais confortantes pensamentos.
Haveria também uma religião. Seria ensinado que, uma vez dentro da barriga do tubarão, os peixes pequenos começariam a viver corretamente. De resto, não seria mais admitido, se os tubarões fossem homens, que os peixes pequenos, como é atualmente, sejam iguais. Alguns dentre eles seriam chefes e comandariam os outros. Os que fossem um pouco maior deveriam comer os menores. Seria para os tubarões simplesmente compensador, que eles tivessem mais freqüentemente algo maior para comer. E os chefes se encarregariam de manter a ordem, ensinar, executar os cálculos e projetos necessários à construção das gaiolas, etc...
Resumindo, haveria pelo menos uma cultura no mar, se os tubarões fossem humanos...


Bertolt Brecht, Wenn die Haifische Menschen wären

"Wenn die Haifische Menschen wären, fragte Herrn K. die kleine Tochter seiner Wirtin, "wären sie dann netter zu den kleinen Fischen?"
"Sicher", sagte er. "Wenn die Haifische Menschen wären, würden sie im Meer für die kleinen Fische gewaltige Kästen bauen lassen, mit allerhand Nahrung drin, sowohl Pflanzen als auch Tierzeug. Sie würden dafür sorgen, dass die Kästen immer frisches Wasser hätten, und sie würden überhaupt allerhand sanitärische Maßnahmen treffen, wenn z.B. ein Fischlein sich die Flosse verletztenwürde, dann würde ihm sogleich ein Verband gemacht, damit es den Haifischen nicht wegstürbe vor der Zeit.
Damit die Fischlein nicht trübsinnig würde, gäbe es ab und zu große Wasserfeste; denn lustige Fischlein schmecken besser als trübsinnige.
Es gäbe natürlich auch Schulen in den großen Kästen. In diesen Schulen würden die Fischlein lernen, wie man in den Rachen der Haifische schwimmt. Sie würden z.B. Geographie brauchen, damit sie die großen Haifische, die faul irgendwo rumliegen, finden könnten. Die Hauptsache wäre natürlich die moralische Ausbildung der Fischlein. Sie würden unterrichtet werden, dass es das Größte und Schönste sei, wenn ein Fischlein sich freiwillig aufopfert, und sie alle an die Haifische glauben müßten, vor allem, wenn sie sagten, sie würden für eine schöne Zukunft sorgen. Man würde den Fischlein beibringen, dass diese Zukunft nur gesichert sei, wenn sie Gehorsam lernten. Vor allen niedrigen, materialistischen, egoistischen und marxistischen Neigungen müßten sich die Fischlein hüten, und es sofort melden, wenn eines von ihnen solche Neigungen verriete.
Wenn die Haifische Menschen wären, würden sie natürlich auch untereinander Kriege führen, um fremde Fischkästen und fremde Fischlein zu erobern. Die Kriege würden sie von ihren eigenen Fischlein führen lassen. Sie würden die Fischlein lehren, dass zwischen ihnen und den Fischlein der anderen Haifische ein riesiger Unterschied bestehe. Die Fischlein, würden sie verkünden, bekanntlich stumm, aber sie schweigen in ganz verschiedenen Sprachen und könnten einander daher unmöglich verstehen.Jedem Fischlein, das im Krieg ein paar andere Fischlein, feindliche, in anderer Sprache schweigende Fischlein, tötete, würden sie Orden aus Seetang anheften und den Titel Held verleihen.
Wenn die Haifische Menschen wären, gäbe es bei ihnen natürlich auch eine Kunst. Es gäbe schöne Bilder, auf denen die Zähne der Haifische in prächtigen Farben, ihre Rachen als reine Lustgärten, in denen es sich prächtig tummeln läßt, dargestellt wären.
Die Theater auf dem Meeresgrund würden zeigen, wie heldenmütige Fischlein begeistert in die Haifischrachen schwimmen, und die Musik wäre so schön, dass die Fischlein unter ihren Klängen, die Kapelle voran, träumerisch, und in die allerangenehmsten Gedanken eingelullt, in die Haifischrachen strömten.
Auch eine Religion gäbe es ja, wenn die Haifische Menschen wären. Sie würde lehren, dass die Fischlein erst im Bauche der Haifische richtig zu leben begännen.
Übrigens würde es auch aufhören, dass alle Fischlein, wie es jetzt ist, gleich sind. Einige von ihnen würden Ämter bekommen und über die anderen gesetzt werden. Die ein wenig größeren dürften sogar die kleineren fressen. Dies wäre für die Haifische nur angenehm, da sie dann selber öfter größere Brocken zu fressen bekämen. Und die größeren, Posten innehabenden Fischlein würden für die Ordnung unter den Fischlein sorgen, Lehrer, Offiziere, Ingenieure im Kastenbau werden.
Kurz, es gäbe erst eine Kultur im Meer, wenn die Haifische Menschen wären."

MEMORIAL DE EPHIGÊNIO PEIXOTO – Centro Cultural, Ecológico e Religioso – Rua do Arame, 120, Jacintinho
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sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Avaliação das Missas da Paz

AVALIAÇÃO das Missas da Paz



Apresentamos uma ata resumida do que ocorreu nas missas de 26/06, 31/07 e 28/08/08, embora já tenham sido divulgados os DVDs completos das missas de 26/06 e 31/07/08.
Os clipes da missa de 28/08/08 mostraram alguns indícios de insatisfação com a repetitividade desse tipo de evento, sem que se vislumbre alguma saída para tratar os males já abundantemente denunciados.
Vamos então iniciar algum tipo de avaliação, por mais modesta que seja, tentando abranger alguns desses pontos:

1) A Fátima Santiago sugere que se faça uma avaliação se vale a pena todo esse sacrifício de vir para essas reuniões. Nós devemos compreender que não é papel do Clero organizar ações que digam respeito às coisas do mundo, pois está escrito: "Meu reino não é deste mundo..." Assim cabe aos Leigos tomar a iniciativa. A omissão dos Leigos é que é gritante, conforme denunciada pelo senhor de camisa azul, na missa de 28/08/08: " O que podemos fazer por Alagoas? ...Quem risca as paredes das escolas são nossos filhos... Chega de reivindicações, reivindicações, reivindicações!"

2) Quando a irmã Ana, da paróquia S. José do Trapiche da Barra foi agredida num assalto à Casa Paroquial, sugerimos que houvesse uma interligação entre a Arquidiocese (Missa da Paz) e as paróquias, através de, por exemplo, uma PASTORAL POLÍTICA, e que a reunião, após à missa, fosse com a presença de todos. Denunciamos também que sequer o aviso da Missa da Paz era dado pela maioria dos párocos. Mas isso não impediria que os Leigos se interessassem por isso, divulgando com todo ardor o nosso evento.

3) Observem o que disse o Dep. Manoel Santana na reunião de 31/07/08. Pois bem, ao contrário do que afirmou na reunião, não mais apareceu. Do mesmo modo vem ocorrendo com as "lideranças", tão bem referidas pelo Arcebispo na ocasião em que sugerimos a reunião para todos, o que fisicamente significaria executá-la no mesmo local em que as peças teatrais foram apresentadas, pois evitaria também a inércia de ter que se deslocar para outro ambiente.

4) Mas não podemos falar no povo participar da reunião sem considerar que os ônibus saem logo após o encerramento da missa, logo o povo não tem opção. Os ônibus geralmente são patrocinados por políticos, o que equivale dizer que as pessoas são "trazidas", e não, convencidas e incentivadas para atuar na reunião. Claro que não cabe ao Clero promover reuniões e debates nas paróquias visando a esse fim, pois as atribuições específicas de evangelização já os sobrecarregam, porém os Leigos podem, até porque são em maior número, e conforme nos diz a encíclica CHRISTIFIDELES LAICI, pág 156, "Trabalhadores da vinha são todos os membros do povo de Deus: os sacerdotes, os religiosos e as religiosas, os fiéis leigos, todos simultaneamente objeto e sujeito da comunhão da Igreja e na participação na sua missão de salvação"

5) Pode-se portanto desconfiar que as lideranças "trazidas", que aparecem nas reuniões, são muito semelhantes às que aparecem nas Sessões Públicas da Câmara, assim como em outros eventos, pois parecem não ter pernas próprias, uma vez que não agem nas suas comunidades em consonância com o que dizem nessas reuniões. Como geralmente são trazidas por forças econômicas e políticas, não é de se esperar que os agentes políticos trouxessem alguém que de alguma forma lhes pudesse causar algum incômodo.

6) Não há incômodo maior do que chamar a atenção para o sofisma das eleições. A CNBB publicou um documento e a Arquidiocese uma cartilha, mas os Leigos não aproveitam para estabelecer uma programação de estudo e debates sobre esses documentos nas paróquias. Numa conversa íntima com D. Valério Breda, bispo de Penedo, portanto membro nato da CNBB, ao insistirmos em que o documento não esclarece a importância dos partidos políticos, com muita razão ele respondeu que não é papel do Clero resolver as contradições e problemas da política, mas os Leigos bem que podiam.

7) Os políticos, por outro lado, tem que cuidar de ser eleitos e reeleitos, cabendo aos outros leigos, "peixes pequenos" no dizer de Bertold Brecht (ver o texto "Se os tubarões fossem homens" no site www.repolitica.blogspot.com, postagem de Outubro de 2008), cuidar de ensinar ao povo como participar da política partidária. Nesse ponto, há uma certa similitude com o paralelo entre Clero e Leigos, uma vez que os chefes políticos não podem se misturar com o que seria útil para os que trabalham com eles no mesmo ideal.


Essas avaliações, assim como as atas resumidas das reuniões, para que você possa se orientar e participar do debate, foram providenciadas por Leigos.

sábado, 2 de agosto de 2008

Resumo do livro O MONGE QUE VENDEU SUA FERRARI

OFERTA AOS PARTICIPANTES DO CURSO DE MÚSICA SACRA – 12/05/06







É com imensa satisfação que oferecemos a todos o resumo do livro que lemos recentemente, e sobre o qual meditamos, colocando-nos também à disposição para debater o seu conteúdo com os interessados.
Sabe-se que um dos índices de desenvolvimento de um povo é o número de livros lido por habitante e por ano. As vezes achamos que os nossos problemas são únicos e esquecemos que muitas pessoas já escreveram sobre isso. É somente saber escolher os livros que valem a pena ser lidos.
Nesse caso, trata-se do livro O MONGE QUE VENDEU SUA FERRARI, de Robin Sharma, publicado no Brasil pela editora Verus, 1997. É baseado nas 7 virtudes orientais: 1) domine a sua mente, 2) Siga seu propósito, 3) pratique kaisen, 4) Viva com disciplina, 5) Respeite o seu tempo, 6) Sirva aos outros altruísticamente, 7) abrace o presente. Essas virtudes foram milenarmente memorizadas a partir de um conto em que um gigante de quase 3m de altura, com apenas uma tira cor de rosa cobrindo suas partes íntimas, sai de um farol alto, de aproximadamente 6 andares, situado no meio de um jardim magnífico, e tropeça num cronômetro dourado causando um grande estrondo. Ele ficou desacordado e quando voltou a si viu um lindo caminho, forrado de diamantes, que foi seguindo e encontrando a felicidade. A explicação para a fábula é a seguinte:
1) O jardim significa a mente. Ela, física, intelectual e moralmente tem um potencial que poderá ficar inexplorado (Paz de espírito duradoura e harmonia). A mente controla muita coisa, portanto, através da disciplina e persistência coloquemos muitas coisas boas como pensamentos. A imaginação cria. Soluções rápidas não funcionam, as duradouras requerem tempo e esforço. Todas as pessoas que se levantam com o sol tem uma coisa em comum (66). Não há tempo para abastecer (70).
2) O farol altaneiro - A felicidade duradoura se origina do trabalho constante para alcançar os seus objetivos e do avanço confiante na direção do propósito de sua vida (87).
3) Kaisen (o lutador de sumô): aperfeiçoamento constante e infinito (106).
4) A tira cor de rosa – Levanto-me com o sol e a primeira coisa que faço é dirigir-me ao meu santuário secreto (122). Alimentos vivos (126). Leia regularmente (129). Ler é assim tão importante? (130). Que tipo de coisas ele anotava? (133). Não há nada de errado em cometer erros (137). Você toma banho de sol? 139). Quando se semeia um pensamento...(145). Esforço, compaixão, humildade, paciência, honestidade, coragem (146). Força de vontade (158). Liberdade (161). A liberdade de escolher o que é certo em detrimento do que é premente. Da mesma forma que um foguete...(168).
5) Respeite o seu tempo (o cronômetro dourado) – Falhar no planejamento é planejar as falhas. Procrastinação (180). A melhor hora de plantar uma árvore foi há quarenta anos, a segunda melhor é hoje (182).
6) Sirva aos outros (As rosas perfumadas) – Fica sempre um pouco de perfume...
7) Abrace o presente (A trilha de diamantes) - Fábula do Pedro (204).


Francisco José Lins Peixoto (repolitica.oi.com.br)

Maceió, 12/05/06

Resumo do livro: COMO SE TORNAR UM LIDER SERVIDOR

Resumo do livro: COMO SE TORNAR UM LIDER SERVIDOR

Título: COMO SE TORNAR UM LÍDER SERVIDOR – Os princípios de liderança de O MONGE E O EXECUTIVO. Editora: Sextante, James C. Hunter, 2006. Data do debate sobre o tema: 22/10/07
Local do debate: Centro Comunitário da Paróquia Imaculada Conceição, rua Cel. Paranhos, Jacintinho, Maceió/AL Hora: 19:30h (É aconselhável confirmar a data e horário pelo Tel. 3356-1509)


001) Na introdução desse livro há a seguinte informação:
Três quartos das empresas americanas gastam todos os anos um valor estimado em 15 bilhões de dólares em treinamento, desenvolvimento e consultoria para suas equipes de liderança. Contudo, mais de 90% do que é gasto acaba se revelando um enorme desperdício de tempo e dinheiro. Claro que os gerentes ficam animados com os cursos e empenhados em aplicar o que aprenderam. Mas as pesquisas mostram que menos de 10% mudam de fato seu comportamento em conseqüência do treinamento.
Podemos aproveitar para as seguintes conclusões:
a) A nossa Igreja não é de modo nenhum uma empresa americana e sequer temos essa técnica de treinar líderes, mas podemos reconhecer também que temos a necessidade de fazer as pessoas mudarem de hábitos. Porém, nunca pesquisamos qual a porcentagem alcançada, por exemplo, como resultado dos sermões dominicais ao longo de uma década numa mesma comunidade.
b) Admitir a possibilidade de utilizarmos conhecimentos científicos para melhorar a nossa performance, criando oportunidades de treinamento para os líderes.

002) Na pág. 13 encontramos o seguinte questionamento:
VOCÊ TEM CERTEZA DE QUE ESTÁ PRONTO PARA ISSO?
Antes que você continue a leitura desse livro, sugiro que responda a três perguntas fundamentais: 1) Você está realmente empenhado num processo de melhoria contínua e em se tornar um líder mais eficiente? Se a resposta é positiva, então deve compreender e concordar que a mudança pessoal será necessária para alcançar esse objetivo.
2) Você é capaz de receber feedback até mesmo de seus subordinados, com críticas que podem causar angústia, a fim de identificar as diferenças entre o que você é como líder agora e o que precisa fazer para se tornar um líder melhor?
3) Você está disposto a assumir os riscos para eliminar a distância entre o que você é e o que precisa mudar para se tornar um líder mais eficaz?
Se sua resposta para qualquer dessas perguntas é não, provavelmente não há sentido para continuar a ler esse livro. Se a resposta é um sim decidido, então você vai encontrar dicas extremamente valiosas para mudar o rumo de sua vida.

003) Na pág. 18 o autor dá um depoimento e define liderança:
Conheço líderes em igrejas e sinagogas que parecem mais preocupados com a freqüência semanal e considerações orçamentárias do que em ser o líder de que suas congregações necessitam. Muitos dizem as coisas que as pessoas querem ouvir, em vez do que elas precisam ouvir, porque não tem coragem moral de contrariá-las, com receio de que cancelem suas contribuições e/ou apoio.
Em suma, observo muitos líderes deixando de fazer a coisa certa. Com freqüência demais, eles optam pelo caminho mais fácil e tentam “evitar os conflitos”. A isto se chama falha de caráter.
Liderança tem tudo a ver com o caráter, já que se trata de fazer a coisa certa.
Hoje defino liderança da seguinte maneira:
A habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando a atingir objetivos comuns, inspirando confiança por meio da força de caráter.

004) Na pág. 19 há algo semelhante à essência de um cristão:
Planejamento, orçamento, organização, solução de problemas, controle, manutenção da ordem, desenvolvimento de estratégias e várias outras coisas – gerência é o que fazemos, liderança é quem somos.
005) Encontramos um ensinamento valioso na pág. 29:
A vida não é tanto o que nos acontece, mas a maneira como reagimos ao que nos acontece. Entre o estímulo e a reação existe o caráter – considerando que ele reflita nosso empenho em fazer o que é certo, ignorando impulsos ou caprichos e independentemente dos custos pessoais.
Não podemos esquecer que liderança é caráter em ação, assim como desenvolvimento de liderança e desenvolvimento de caráter são a mesma coisa.

006) Na pág. 30 o autor nos mostra que alguns postulados são necessários para que exista uma certa organização:
Entre as obrigações de uma liderança servidora estão a definição da missão, das normas de comportamento e a indicação de responsabilidades. O líder servidor não encomenda pesquisas nem promove reuniões de comitê ou votações democráticas para decidir as respostas a essas questões. Ao contrário, as pessoas esperam que o líder ofereça essa orientação.

007) A pág. 32 nos lembra itens da sabedoria universal:
Outra maneira de observar a diferença entre poder e autoridade é a seguinte. O poder pode ser comprado e vendido, dado e tirado. Ou seja: laços de parentesco ou amizade realmente conseguem colocar uma pessoa numa posição de poder, mas isso já não acontece com a autoridade – ela é a essência da pessoa, está ligada ao seu caráter.
Porém ninguém deve se enganar: o poder funciona.

008) Na pág. 34 aparece uma advertência:
No novo milênio, a cultura do poder será incapaz de competir com a excelência, com a rapidez, com a qualidade e com a inovação... em suma, com um ambiente em que as pessoas participem voluntariamente e de bom grado.

009) O autor mostra um exemplo de um subordinado relembrando o seu antigo chefe na pág. 38:
Tenho certeza de que ele se incomodava quando eu fazia cara feia e passava uma semana sem lhe dirigir a palavra, porque era um homem muito simpático, que não gostava de conflitos. Mas estava mais preocupado em me tornar um profissional melhor.
Ele era também um grande ouvinte. Escutava as minhas desculpas antes de me dizer o que faríamos, elogiava-me com freqüência, tratava-me com respeito (como se eu fosse uma pessoa importante) e, de um modo geral, mostrava interesse pelas minhas necessidades.
Até hoje, se esse antigo chefe me ligar pedindo ajuda, embarcarei no próximo avião. Ele não tem mais qualquer poder sobre mim, mas tem muita autoridade comigo. Eu faria quase qualquer coisa para ajudá-lo. De onde ele tirou essa autoridade? Que livro sobre liderança ele leu?
Ele servia.
Se não fosse por seu constante estímulo e pressão, provavelmente eu ainda estaria fazendo o mínimo necessário. A esta altura, estaria deitado num sofá, vendo televisão, tomando sorvete, comendo batata frita, com uma “dor nas costas”. Ele gostava muito de mim para permitir que isso acontecesse.

010) Na pág. 40 há uma citação de Jesus como o maior líder:
Qualquer um que queira ser um líder entre vocês deve primeiro ser o servidor. Se opta por liderar deve servir. (JESUS CRISTO)

011) Na pág. 44 encontramos um exemplo da palavra amor no sentido escolhido por Jesus:
Quando servimos os outros, temos de perdoar, pedir desculpas e dar uma segunda chance, mesmo quando não sentimos vontade. Há o risco de sermos rejeitados, mal interpretados e até usados em algumas ocasiões. Na verdade, é fundamental abrirmos mão de qualquer coisa que interfira na maneira de fazer a coisa certa.

012) Mais uma vez é lembrado que o servidor não é indefeso. Isso está na pág. 58:
Deixar para lá o ressentimento não significa se tornar uma pessoa passiva, um capacho para o mundo. Muito menos aceitar a impunidade nem fingir que qualquer tipo de comportamento é aceitável. Agir dessa forma não seria íntegro.

013) Na pág. 60 vemos uma primorosa citação de Gandhi:
“Um homem não pode fazer o que é certo em uma área da vida, ao mesmo tempo em que está ocupado fazendo o que é errado em outra.”

014) Na pág. 68 vem uma citação do general Colin Powell, ex-secretário de Estado dos E.U.A., dando a entender que nós devíamos nos sentir insultados quando alguém tem um desempenho abaixo do padrão, viola regras ou age de maneira irresponsável. Por quê? Porque a pessoa que age assim espera que nós nos comportemos de forma igualmente desonesta, não fazendo nada:
“Ironicamente, ao protelar as decisões difíceis, ao tentar não deixar ninguém irritado, ao tratar todos bem, independentemente de suas contribuições, você faz com que as únicas pessoas irritadas na empresa sejam as mais criativas e produtivas.”

015) O que se encontra na pág. 74 são exemplos de coisas evidentes, mas que não são lembradas com muita freqüência:
Nunca um executivo discordou dos conceitos de amor e liderança analisados em meus seminários. Não dá para imaginar alguém levantando a mão para dizer “Discordo da honestidade”. “Respeito e gentileza não são maneiras apropriadas de comportamento”, ou ainda “Delegar responsabilidades é prejudicial a uma organização”.
A razão é simples: esses princípios universais são auto-explicativos. Podemos discordar de detalhes, como a quantidade de esposas que um homem deve ter, mas todos concordamos que não se deve cobiçar a esposa de outro homem.

016) Pág. 75, discute as leis da natureza:
Temos princípios que se aplicam ao universo físico, as chamadas “leis da natureza”, como as leis da física, da geometria e da química. Já as “leis da natureza humana” se aplicam às leis da eficiência humana e ao comportamento adequado.
A diferença está no fato de que não somos livres para desobedecer às leis da natureza (a lei da gravidade, por exemplo), mas podemos tranqüilamente desobedecer às leis da natureza humana.
Creio que há provas substanciais para confirmar esta alegação. Se você estuda a Bíblia, a Ética de Aristóteles, o Corão ou as máximas de Confúcio, vai encontrar regras básicas como integridade, respeito pela vida humana, autocontrole, honestidade, coragem e dedicação.
Todas as grandes religiões do mundo apóiam esses valores universais. No epílogo do livro As religiões do mundo, Huston Smith escreve que “as grandes religiões são iguais num aspecto importante. Todas consideram o egocentrismo do homem como a fonte de seus problemas e procuram ajudá-lo a se controlar”.
...
Martin Luther King Jr. falou sobre isso certa vez: “Há uma lei no mundo moral, um imperativo silencioso e invisível que nos lembra de que a vida só funciona de uma determinada maneira”.

017) Uma riqueza de investigação da natureza humana na pág. 76:
Já os seres humanos possuem poucos instintos “naturais” e mesmo estes – como sobrevivência e procriação – podem ser transcendidos, como provam mártires e celibatários. O que nos diferencia dos animais são nossas habilidades excepcionais, como a imaginação, o livre-arbítrio, a consciência e a autopercepção.
Possuímos a capacidade única de ”refletir sobre a vida” e até de efetuar mudanças no que é considerado “nossa natureza humana”.

018) Na pág. 78 temos uma lição da sabedoria oriental:
O potencial para o bem e para o mal que existe em todos nós é muito bem expresso por uma antiga história zen-budista. Um samurai turbulento e arrogante desafiou um mestre zen a explicar a diferença entre o bem e o mal. O mestre respondeu, com evidente repulsa:
-não perderei o tempo com uma escória como você.
O samurai teve um acesso de raiva, desembainhou sua enorme espada e gritou:
-Cortarei sua cabeça pelo insulto!
Calmamente, o mestre zen declarou:
-Isso é o mal.
O samurai acalmou-se, compreendendo a sabedoria do que dissera o mestre.
-Obrigado por sua percepção, meu bom mestre – murmurou o samurai, humilde.
Ao que o mestre zen arrematou:
-E isso é o bem.

019) Uma boa notícia na pág. 79:
A boa notícia é que há um conjunto de características psicológicas que proporciona aos seres humanos a vontade, a coragem e a força para fazer a coisa certa.
Se desenvolvido e fortalecido ao longo do tempo, esse “músculo moral”, se preferirem a expressão, permite nos elevarmos acima do interesse pessoal e da satisfação imediata. Temos um nome para esse músculo moral. Ele se chama caráter.

020) Uma boa lembrança na pág. 80):
Há quem sugira que o caráter pessoal não tem nada a ver com a liderança. Você concorda? Se a resposta é não, faça as seguintes perguntas a si mesmo: As pessoas de moral duvidosa têm influência sobre você e o inspiram à ação? Você mantém boas relações com esse tipo de pessoa?
...
E na pág. 79:
Como disse Sócrates, o filósofo grego que nasceu no ano 470 a.C.:” O caminho mais grandioso para viver com honra neste mundo é ser a pessoa que fingimos ser”

021) Mais considerações sobre o caráter na pág. 82:
A palavra caráter tem sua origem num verbo grego que significa “gravar”. A firmeza moral de uma pessoa, portanto, é o sinal visível de sua natureza interior. É o que somos por baixo de nossa personalidade (máscara).
Ao contrário da personalidade, que se forma na infância, o caráter continua a crescer e a se desenvolver ao longo da vida. Na prática, sua importância é bem maior, já que uma pessoa não é responsabilizada por sua personalidade, mas por seu comportamento.
Na verdade, caráter é muito diferente de personalidade. Ele trata de nossa maturidade moral, que é a disposição para fazer a coisa certa, mesmo quando o preço para fazê-la é superior ao que estamos dispostos a pagar.
Desenvolver firmeza moral significa ganhar essas batalhas até que a vitória se torne um hábito. É fácil amar as pessoas por quem temos afeição. O difícil é fazer a coisa certa mesmo quando não temos vontade... especialmente quando não temos vontade.
Caráter é nossa força moral e ética, aquilo que guia nosso comportamento de acordo com os valores e princípios adequados – o que explica por que a liderança pode ser definida como “caráter em ação”. Os líderes procuram fazer a coisa certa.

022) Mais dicas sobre a formação do caráter na pág. 84:
Somos criaturas de hábitos e nossas opções são incorporadas a esse ser que chamamos de “eu”. Há um ditado popular que retrata bem essa situação: “Pensamentos tornam-se ações, ações tornam-se hábitos, hábitos tornam-se nosso caráter e o caráter torna-se o nosso destino”.
Em outras palavras, nosso caráter é determinado por nossas opções.
As opções que fazemos no dia a dia não apenas determinam quem somos hoje como também quem seremos amanhã. O escritor C. S. Lewis fez um comentário brilhante a respeito: “É por isso que as decisões que você e eu tomamos todos os dias têm uma enorme importância. Um pequeno ato de bondade feito hoje representa a conquista de um ponto estratégico, de onde você poderá, mais tarde, obter vitórias com que nunca sonhou. Já uma indulgência aparentemente trivial que satisfaça desejos ou raivas pode significar a perda de uma posição crucial, de onde o inimigo pode desfechar um ataque que de outra forma seria impossível”.

023) Na pág. 86 temos algo sobre a mudança:
É verdade que algumas pessoas resistem com mais fervor do que outras à mudança. Abraham Maslow, o psicólogo americano que ficou famoso com seu modelo de “hierarquia das necessidades humanas”, ressalta como são poderosas as necessidades de proteção e segurança e como, depois de atendidas, elas resistem à mudança e ao crescimento.
Por mais difícil e desagradável que possa ser a mudança, os seres humanos podem – e o fazem com freqüência – crescer e mudar para melhor. A boa notícia é que isso pode se transformar num comportamento adquirido, uma “segunda natureza”.

024) A necessidade de se criar um ambiente para que a pessoa se desenvolva, na pág. 95:
No mínimo, era preciso criar um ambiente para que as pessoas conversassem sobre o que foi ensinado, assim como era necessário oferecer apoio e estímulo para que elas pudessem se desenvolver como líderes – sem esquecer a aplicação de doses regulares de ”conflito” e de “pressão” para acelerar a busca pela melhoria contínua.
Mas o que é fundamental mesmo é fazer com que a cúpula da empresa compre de fato o conceito, passando inclusive a praticar seus princípios, para que todos vejam.

025) Depois de detalhar os itens Fundamentos, “feedback” e atrito, o autor conclui na pág.101:
Diz Warren Bennis, o estudioso de liderança: “nunca vi ninguém ser rebaixado, demitido ou preterido por causa da falta de competência técnica. Mas tenho visto muitas pessoas serem prejudicadas por causa da precariedade de julgamento e caráter”.

026) A pág. 111 mostra que o dinheiro pode não ser o mais importante:
Em 1996, a Associação Nacional de Estabelecimentos de Ensino realizou uma pesquisa sobre o que era o mais importante para os estudantes que entravam no mercado de trabalho. Em ordem de importância, aqui estava o resultado:
# Gostar do que faz
# Usar suas habilidades e capacidades
# Crescer e se desenvolver no campo pessoal
# Sentir que faz algo importante
# Receber bons benefícios
# Ser reconhecido pelo bom desempenho
# Trabalhar num local agradável
# Receber um salário generoso
# Trabalhar em situações orientadas para a equipe

027) “O que mais motiva os voluntários?” é o item da pág. 115:
As empresas mais bem sucedidas compreendem e se esforçam para satisfazer as necessidades mais profundas que todos os seres humanos partilham. Entre elas:
# A necessidade de uma grande liderança
# A necessidade de significado e propósito
# A necessidade de ser apreciado, reconhecido e respeitado
# A necessidade de fazer parte de alguma coisa especial
# A necessidade de integrar uma entidade assistencial

João Galilei – Maceió, 16/09/07 (http://www.repolitica.blogspot.com/)

Resumo do livro O MONGE E O EXECUTIVO

OFERTA AOS PARTICIPANTES DO CURSO DE MÚSICA SACRA – 31/05/06

É com imensa satisfação que oferecemos a todos o resumo do livro que lemos recentemente, e sobre o qual meditamos, colocando-nos também à disposição para debater o seu conteúdo com os interessados.
Sabe-se que um dos índices de desenvolvimento de um povo é o número de livros lido por habitante e por ano. As vezes achamos que os nossos problemas são únicos e esquecemos que muitas pessoas já escreveram sobre isso. É somente saber escolher os livros que valem a pena ser lidos.
Nesse caso, trata-se do livro O MONGE E O EXECUTIVO, de James C. Hunter, publicado no Brasil pela editora Sextante, 2004. É composto por 139 páginas, divididas em 7 capítulos.
1) Págs. 26 e 27: Autoridade e poder. Ele cita o livro “The Theory of Social and Economic Organization”, de Max Weber, buscando as seguintes definições: a) Autoridade – A habilidade de levar as pessoas a fazer de boa vontade o que você quer por causa de sua influência pessoal. b) Poder – É a faculdade de forçar ou coagir alguém a fazer sua vontade, por causa de sua posição ou força, mesmo que a pessoa preferisse não o fazer (faça isso senão...).
O poder pode ser vendido e comprado, dado e tomado, a autoridade não. Se tentássemos usar o poder com os voluntários, eles não ficariam por muito tempo. Pode-se exigir compromisso, excelência, criatividade?
2) Pág. 29: Destruição da natureza. Grandes homens foram abertamente retratados pela mídia como destruidores gananciosos do ambiente – malfeitores em quem não se pode confiar. Hoje em dia muitos são mais céticos a respeito de pessoas em posição de poder do que jamais foram.
3) Pág. 75: Amor. Ao pensar em amor eu estava confundindo sentimento com ação. Os gregos usavam várias palavras para designar amor: Eros – erótico, storgé – afeição, philos – fraternidade, agapé – amor incondicional, baseado no comportamento com os outros, sem exigir nada em troca. No NOVO TESTAMENTO, Jesus usa essa palavra, que é um amor traduzido pelo comportamento e pela escolha, não o sentimento do amor. Cristo não queria dizer que devamos fazer de conta que pessoas ruins não são ruins, ou nos sentir bem a respeito de pessoas que agem indignamente.
4) Pág. 78: Coríntios, cap. 13: O amor é paciente. Paciência – bondade – humildade – respeito – generosidade – perdão – honestidade – compromisso, confiança. LIDERANÇA: Honesto, confiável – Bom modelo – Cuidadoso – Comprometido – Bom ouvinte – Mantém as pessoas responsáveis – Trata as pessoas com respeito – Incentiva as pessoas – Atitude positiva, entusiástica – Gosta das pessoas.
5) Pág. 110: Um treinador, Lou Holtz, era famoso por sua capacidade de gerar grande entusiasmo nos times que treina. Um repórter perguntou como ele conseguia. Ele respondeu que era muito simples. Eliminava os que não eram.
6) Pág. 112: Os pais trazem os filhos dizendo: “Conserte essas crianças! Elas estão pintando o sete!” Por experiência, minha mulher sabe que este comportamento é apenas um sintoma do problema real, relacionado com o pai e a mãe.
7) Pág. 114: -mas Simeão, é tão difícil começar. Forçar-se a dar consideração e respeito a alguém de quem você não gosta...!
8) Pág. 118: De fato, quando eu tinha quase 30 anos, por pouco não me tornei um alcoólatra. Mas, embora eu possa ser predisposto a ter um problema com álcool, faz sentido eu colocar a culpa pela bebida em meu pai ou em meu avô? Ou cabe a mim escolher tomar aquele primeiro gole ou não?
9) Pág. 124: 4 estágios para se adquirir novos hábitos ou habilidades.
9.1) Inconsciente e sem habilidade
9.2) Consciente e sem habilidade
9.3) Consciente e habilidoso
9.4) Inconsciente e habilidoso
10) Pág. 133: A conquista da maturidade. Alegria é a satisfação interior e a convicção de saber que se está verdadeiramente em sintonia com os princípios profundos e permanentes da vida.
Infelizmente, muita pessoas jamais saem do estágio do “eu primeiro” e passam pela vida como crianças de 2 anos vestidas de adultos, querendo que o mundo satisfaça suas vontades e necessidades.
11) Pág. 136: Definição de insanidade: É continuar a fazer o que você sempre fez, desejando obter resultados diferentes!

Francisco José Lins Peixoto (repolitica.oi.com.br)

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Cidão no diário do João



Cidão no Diário do João 



por João Galilei*


(www.repolitica.blogspot.com, na postagem de abril de 2008).

            Estivemos na missa de sétimo dia do Cidão já com mais de 70 datas correspondentes a momentos que, de uma forma ou de outra, marcaram a influência desse personagem dinâmico nas pessoas que o cercavam ou na comunidade como um todo. Isto está bem sintetizado no folheto que foi distribuído na ocasião da missa celebrada na Paróquia Imaculada Conceição, às 19:00h, no dia 22/03/07:

“Cada minuto que vivi, foi vivido intensamente. Lembre-se do meu sorriso e de todos os momentos que passamos juntos. Pensem em mim como um exemplo de coragem e amor à vida. Falem de mim com alegria, porque aqui estou em paz. Sei que continuarei vivo no pensamento de cada um de vocês. Aquele que é amado não morre, porque pode desaparecer da terra, mas continua a existir na saudade que deixou em nossos corações...”

            Ao chegar à porta da igreja, portanto muito antes de ter acesso ao conteúdo do folheto, respondemos a alguns conhecidos que tinham externado a pena da perda de um talento, que foi tão cedo para a eternidade, e a resposta foi como algo que automaticamente disparou, mas com a certeza vinda junto com uma necessidade absoluta de externar o pensamento: “Pobre de nós que ficamos aqui ainda, para assistir a esse drama da humanidade!”. Todos contraíram os rostos com um sorriso desajeitado. Entramos na igreja.
            Depois da missa contamos a algumas pessoas que pretendíamos escrever algo sobre esse tema, baseado, sobretudo, em algumas breves anotações que tínhamos, um tributo mínimo de alguém que cantou pela primeira vez num programa televisado ao participar de um grupo onde o Cidão era o responsável, de alguém que foi aluno de violão onde o Cidão foi o professor, de alguém que sempre admirou a habilidade desse gênio do solo musical, com violão ou voz. Enfim, de alguém que mesmo discordando do Cidão, no campo das idéias, pode testemunhar que este sempre o tratou com urbanidade e respeito.
            Durante a missa, em alguns momentos, nossa mente vagueou espontaneamente em busca de explicações. O que o Cidão quis realmente nos dizer? Teria ele sido impulsionado pelos mesmos apelos conferidos a James Dean, que se afastou dos amigos prematuramente, no auge do sucesso? Existem muitos outros casos semelhantes na história. Pensamos também se ele não teria reconhecido que o caminho tomado não tinha volta, e a exemplo de Sansão, quis nos mostrar que não se arrependia de ter decidido tudo por amor, com a fidelidade completa aos amigos que o destino lhe trouxe, digna de um herói.
            Esperamos mostrar, com alguns comentários que se apoiarão nos breves escritos contidos no
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* João Galilei é o Pseudônimo do autor, Francisco José Lins Peixoto.

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nosso diário, que o Cidão teve uma influência na vida da Paróquia muito maior do que se poderia imaginar. Não nos preocupamos em pesquisar exatamente o momento em que conhecemos o Cidão, mas iniciaremos no dia 08/07/01:



          08/07/01: Fomos à missa no CANAL 5, com mons. Celso Alípio. Distribuí papéis com o prof. Guedes e com o Cidão.



            Essa foi a primeira data em que aparece, taxativamente no nosso diário, uma referência ao Cidão. No entanto, tudo indica que fomos pela primeira vez ao CANAL 5 no dia 05/05/01, com a anotação de que foi o coral da Chã da Jaqueira que animou a celebração. Foi uma nova sensação, a de estar num ambiente onde se desenrolava uma filmagem que era simultaneamente espalhada pelas residências onde houvesse um televisor sintonizado. Ressalte-se que não foi somente a primeira vez que fomos experimentar a intimidade de uma filmagem de uma missa no CANAL 5, inclusive servindo ao contexto desse trabalho sobre o Cidão, mas a primeira vez em toda a nossa vida. Emoções semelhantes experimentamos, também pela primeira vez, na Comunidade S. Antônio, como participar de um Conselho Paroquial, de um Conselho da Comunidade, dos ensaios de um grupo que cantava numa emissora de televisão, de um grupo que era convidado para cantar no palanque da festa de N. S. das Dores. Para o Cidão, tudo isso já era simplesmente habitual.
            Apesar de não podermos abordar a atuação prévia do Cidão, por exemplo, na Paróquia de N. S. das Dores, sabíamos que ele levou um coral de crianças a cantar no CANAL 5 por muitas vezes, e que era prestigiado pelo pároco de lá. Um amigo seu, após à missa do dia 22/03/07, nos informou que o Cidão foi uma pessoa importante para ele no dia de sua Primeira Comunhão, e que o Cidão liderou um grupo de jovens que ousou derrubar o muro que separava a Comunidade N. S. da Visitação, no bairro de Mangabeiras, da Comunidade vizinha do bairro do Jacintinho.



 29/08/01: Á noite, fui ensaiar com o grupo do Aparecido na casa de D. Lau, na rua Cel. Paranhos. Foi muito produtivo e o Aparecido se mostrou interessado em ver a missa da Bíblia, da Ir. Míria.



29/08/01: Achei muito bonito o ensaio, e sobretudo, admirei o temperamento alegre e brincalhão de D. Lau. Senti um pouco a nostalgia do lugar, pois a casa vizinha foi a residência da minha professora, Lindinalva, na época de minha infância. Ali próximo, era um ponto de venda do jogo do Bicho, e o chafariz, administrado pelo Manezinho.


 11/09/01: Fomos ao ensaio na Casa de Formação com o Cidão.


11/09/01: Clara, provavelmente, também resolveu participar do grupo CANTORES DE DEUS, dirigido pelo Cidão.

 12/09/01: Depois que Clara chegou, eu fui ensaiar com o grupo do Cidão na igreja de S. Antônio. Encontrei o filho da Luzia, Fernando, conversando com a Madal. Então vim saber que a Madal é minha vizinha.
  
12/09/01: Esse dia foi bastante traumatizado, pois a igreja de S. Terezinha, na Rua Cap. Samuel Lins, Farol, foi arrombada. Os ladrões levaram o som, instrumentos musicais, as toalhas, e o ambão que a Tereza havia trazido da Europa. Nossa casa, também teve suas janelas forçadas. A cabine da parte elétrica do Poço da Casal, no meio da rua Triunfo, foi concluída. No dia 16/09/01, 


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domingo à tarde, fui ver a procissão de N. S. das Dores e encontrei o Cidão, o Luiz, a Laura. Vi a D. Dulce cantar a Ave-Maria e o Luiz me apresentou a pessoas das Comunidades Virgem dos Pobres e N. S. de Fátima. No dia 18/09/01, fui à Câmara e recebi a notícia de D. Tereza (?), na Superintendência, de que o meu pedido de cópia das atas foi negado e arquivado porque as atas são apenas internas da Câmara. Ela disse que isso foi votado em Plenário. Fui no Plenário e o Thomás Beltrão disse que isso não foi votado.


 19/09/01: À noite, eu fui assistir à reunião do Conselho da Comunidade S. Antônio, com os novos padres. Clara foi ao ensaio na igreja de S. Antônio. Ouvi dizer que o Jacintinho tem cerca de 180.000 habitantes!



No dia 20/09/01, consta que Robson veio trabalhar e que fizemos um toldo para o almoço com os padres. Os padres chegaram à casa onde moram, às 11:45h, num Corsa, e acompanharam-me até à nossa casa 120, onde almoçaram. Clara soube que o Marcondes desfechou vários tiros num outro rapaz...
Clara acha também que a vizinha, Adeilda, recebeu carta do Juizado, hoje. O Pe. Hesíodo é filho de um mecânico, em Fortaleza. No dia 21/09/01, fui à Câmara e o Gildo me disse que o Judson desistiu de me ajudar a conseguir as atas. Era Sessão Pública sobre os Estatutos da Cidade, convocada pelo vereador Marcos Vieira. Comprei a pilha para o afinador (R$ 10,00). Estava descansando, depois do almoço, quando Clara me chamou para atender a duas senhoras da Capela S. Antônio: Nete e Gedalva. Fui levar Clara ao dentista e fiquei esperando. Na volta, visitamos o Maurício, na rua S. Margarida.


 22/09/01: Fui na Escola Peixotinho, às 16:00h, e iniciei as aulas de partituras com Lucinalva, Rosângela e Liliane. Ensaiei com o Cidão. Ele não pôde encontrar a faixa do Canto Final e eu consegui solar e acompanhar a Lau. Voltei para tomar café na casa 120 e fui para a reunião do Conselho na Casa de Formação. Clara chegou depois. Falei sobre a Pastoral Política e ninguém contestou. A Capela de S. Antônio foi em peso: Sr. Antônio (Ministro), Vânia, Gedalva, Marinete, Guiomar, Nete etc.


  
 26/09/01: Fui levar Clara ao dentista e chegamos atrasados no ensaio, que foi na casa de D. Luzia. Ao procurar o ensaio, encontramos a Ir. Luíza (canadense) e o Benedito Quintiliano (ex-colega da Escola de Engenharia). Ambos agiram com indiferença ao nos encontrar no Jacintinho.

  

Embora não transpareça na anotação, mas sentimos uma certa estranheza no fato do ensaio ter ocorrido em outro local, sem a preocupação de avisar a todos os participantes.

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 27/09/01: À noite, fomos à missa na igreja de S. Antônio, encontrando a Ir. Luíza e a Neudes (postulante à freira). Toquei com o Cidão, mas sem ligar o meu violão na caixa de som. A Karina e o Diogo (vizinhos) acompanharam a Clara.

  

Nesse dia, conhecemos D. Rosália, que veio conversar com Chiquita (minha tia). D. Rosália é do Apostolado e freqüentadora assídua das cerimônias litúrgicas. Ela contou que dança guerreiro e mora na Rua Belém. No dia 28/09/01, escrevi o texto “MISSA DE S. VICENTE” e fui à festa da Comunidade S. Rafael.


 29/09/01: Passei na Casa de Formação, na rua Cel. Paranhos, e falei com Neudes e Marival. A Ir. Luíza disse que estava ocupada. A Diva chegou com 2 garrafões de água, na Belina do Gilberto. Luzia chegou e fomos para o ensaio. Distribuí os folhetos da MISSA DE S. VICENTE. Clara chegou depois e cantou com a Loreane. O Cidão gostou do meu texto.



No dia 01/10/01, fomos ensaiar na Capela de S. Antônio para cantar no dia seguinte, embora tudo indique que foi independente do grupo do Cidão. No dia 02/10/01 consta que tocamos e cantamos na missa da Capela, celebrada pelo Pe. João Bonifácio. A Karina e o Diogo também foram. Quando voltamos, a Ivanilda (tia do Diogo) se queixou de termos deixado o portão com cadeado. Ela disse que os cachorros latiram muito e que alguém subiu no muro para amarrar um pano nos fios dos telefones.


 03/10/01: Fomos ensaiar na igreja com o Cidão.


No dia 05/10/01 (Sexta-feira), passei na casa do Luiz (Comunidade S. Isabel) e ele me convidou para tocar na Comunidade de N. S. de Fátima. No dia seguinte, compareci à reunião do Conselho Paroquial, na Escola Arnon de Melo. No dia 07/10/01 (Domingo), tocamos e cantamos na igreja de S. Isabel, a convite do Luiz, que tocou conosco nessa missa. O grupo de lá resolveu adotar o repertório dessa missa na Festa da Comunidade N. S. de Fátima e nos convidou para ir também. O Pe. Manoel José nos apresentou como sendo músicos e nos convidou a iniciar um jornal para a Paróquia. Depois do jantar, cantamos e tocamos na Comunidade N. S. de Fátima, na celebração do diácono Lázaro.
No dia 08/10/01 (Segunda-feira), fomos na Capela S. Antônio. Lá, o Pe. Bonifácio apoiou as minhas colocações sobre política, quando foi forçado pela Gedalva a se pronunciar sobre o assunto. Foi também a comemoração do aniversário da Marinete.


 10/10/01: Fomos ensaiar no grupo do Cidão.


Fui na Escola João XXIII e falei com a diretora Lourinete (Loura). Fomos na sala de aula e vimos o Cícero N. Silva (Acho que é o irmão do Ricardo). Ele estava em outra sala porque a professora dele faltou. Passei na Capela S. Antônio e comentei esses fatos na hora do testemunho do Evangelho.

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 12/10/01: À noite, fomos cantar na missa de encerramento da Campanha de Fátima, na igreja de S. Antônio, com o grupo CANTORES DE DEUS. O meu violão ficou desligado.



 14/10/01: Toquei na missa das 7:00h, celebrada pelo diácono Lázaro na igreja de S. Isabel. Fui na Capela do Pe. Cícero e na igreja de N. S. das Dores distribuir o panfleto “NOTÍCIAS DA PARÓQUIA.
À noite, tocamos e cantamos na missa das 19:30h, na igreja de S. Antônio. O Cidão esqueceu o Santo e pediu que eu lembrasse com  auxílio da partitura. Clara tirou uma foto do Cidão. Eu liguei o meu violão na minha caixa. A Karina e o Diogo nos acompanharam.


Fig. 1 – Cidão e Francisco na igreja de S. Antônio.





No dia 15/10/01 (Segunda-feira), à noite, fui ver a aula do Aparecido e voltei às 23:00h. A aula era na Casa Azul, da Paróquia, cedida pelo Pároco para o Cidão dar suas aulas de violão. Passei na Câmara e agitei as atas! No protocolo, na Superintendência, no Plenário, e na Procuradoria Jurídica. A senhora que me atendeu na Superintendência disse que costuma me ver comungar na TV. À noite, fomos na Capela S. Antônio e o Daniel trouxe o pandeiro.


 17/10/01: Fomos ao ensaio na igreja de S. Antônio e o Cidão fez apenas uma avaliação do grupo. Clara ficou na equipe do hinário.

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No dia 18/10/01 (Quinta-feira), às 9:00h, fui na Câmara e encontrei o Cícero Almeida, que me elogiou mais uma vez dizendo que eu era o maior líder do Jacintinho (pela inteligência), e acrescentou que vai se dedicar ao Jacintinho em 2002. Convidou-me a visitar a obra social dele, atrás da igreja Batista, na rua Formosa.
No dia 19/10/01 (Sexta-feira), fui na Câmara e dei entrada para a Procuradoria Jurídica. O Beltrão se propôs a
ir à imprensa.


 24/10/01: À noite, ensaiamos com o grupo.

  
No dia 21/10/01, comemoramos o aniversário de nossa tia, Chiquita, em nossa residência. O Cidão compareceu a essa festa, trazendo o seu filho (ver Fig. 2).



Fig. 2 – Aniversário da Chiquita: Cyro, Cidão e seu filho.

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 Fig. 3 – Aniversário da Chiquita: Várias outras pessoas presentes.



Fig. 4 – Aniversário da Chiquita: Abílio, Zezé e Sônia.

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 Fig. 5 – Aniversário da Chiquita: Darci, Lucimar e filhos.


Fig. 6 – Aniversário da Chiquita: Chiquita, Salete, Eliete e Carmelita.


No dia 27/10/07 (Sábado), à tarde, fui ao Conselho da Comunidade. O prof. Valdir estava lá. Vamos percorrer o pano de fundo que cercava muitos acontecimentos na Comunidade, como por

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 exemplo, o convívio no grupo de canto. Para isso, vejamos as outras anotações deste dia 27/10/01 (Sábado): a música ao vivo do bar do Nicinho foi até às 2:00h da madrugada; a Diva não gostou do que eu falei, no Conselho, e disse que eu não era humilde e que eu queria mudar o modo da Comunidade, chamando-me de fiscal; Clara teve que tanger novamente as Galinhas de Angola que estavam comendo nossas hortaliças, sendo essas galinhas pertencentes à vizinha Adeilda (Ver Bibliografia 2).
No dia 30/10/01 (Terça-feira), constam os seguintes assuntos: passei na Câmara e o pessoal da Procuradoria Jurídica disse que já despacharam o Processo para a Presidência da Câmara. Ia ter uma Sessão Especial, sobre o saneamento de Maceió, mas eu não pude ficar. Clara foi com Ivanilda e Patrícia comprar rendas no Pontal da Barra. Levei Clara ao dentista e voltei para o terço da Capela de S. Antônio. Ao sair, estava conversando com Gedalva quando vimos que o marido da Cícera estava perto. Eu dizia que fizemos um acordo e que ela estava pagando. O Sr. Antônio (Ministro da Eucaristia) manteve uma discussão sem proveito.
No dia 01/11/01 Quinta-feira): Trabalhei limpando o final da encosta, em frente ao nosso portão da grota e junto ao muro da casa grande do sítio. Tinha tanto lixo recente que me apoiei num tronco de carrapateira e adverti o pessoal da casa, duas madames e um rapaz, sobre o fato de que eu tinha visto alguém dali jogando lixo, num domingo. Fui à adoração na Capela de S. Antônio e ouvi os tiros que mataram o Manoel, comerciante na Rua das Jardineiras. O Culto foi interrompido e logo a notícia foi trazida aos que estavam, estarrecidos, na calçada da Capela. Ele era irmão de duas cantoras do grupo do Cidão, Betânia e Socorro. Eu já admirava e reputava Betânia como a melhor cantora do grupo. O evangélico Júnior Lima, residente em uma vila em frente à nossa casa 120, FIAT MUF-5690, bateu com o carro no nosso portão. O portão não foi possível de ser totalmente recuperado até hoje.


 02/11/01: Fomos à missa e tocamos com o Cidão. Eu falei sobre a morte do Manoel, na hora dos avisos. Voltamos, com Karina, e conversando com a Ivone (irmã da Roxa). Desamassei o cadeado que foi deformado pela batida do FIAT.

  

No dia 03/11/01 (Sábado), fiquei escrevendo e digitando o texto “UMA PROPOSTA DE PASTORAL POLÍTICA”. Fui à reunião do Conselho Paroquial na Comunidade Novo Horizonte. Esta é a mesma Comunidade já citada nesse texto, só que o Pe. Manoel José sugeriu que se chamasse N. S. da Visitação, nome que utilizamos ao narrar a derrubada do muro em que o Cidão foi o líder. Nessa reunião, ficou prometida para o ano de 2002 a discussão da minha proposta de PASTORAL POLÍTICA. E ainda nesse dia:


 03/11/01: Fui ao ensaio do Cidão na igreja de S. Antônio, às 17:15h. Tentei ainda desenvergar o ferrolho do portão que o crente Lima amassou com o carro.




No dia 04/11/01 (Domingo), fomos à missa no CANAL 5 e entregamos o texto “UMA PROPOSTA DE PASTORAL POLÍTICA” ao mons. Celso Alípio e ao prof. Guedes. No dia 05/11/01 (Segunda-feira), passei na casa dos padres e convidei-os para o almoço. Eles vieram na hora do almoço. Por coincidência, o Luiz (da Comunidade S. Isabel) também apareceu, mas não quis almoçar (Ver fig. 7). Ele acabou nos levando ao aeroporto. Nesse vôo para S. Paulo, tive o meu canivete multiuso, no valor de R$ 100,00, apreendido pela BRA com a promessa de devolução no 

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aeroporto de S. Paulo, mas depois de muito prejuízo e aborrecimentos recebi a indenização de R$ 40,00. 

Fig. 7 – 05/11/01 – Luiz, Pe. Bonifácio, Pe. Hesíodo e Francisco.


No dia 24/11/01 (Sábado), do Rio de Janeiro, tivemos notícia de que a nossa empregada, Patrícia, estava tendo dificuldades.




        08/12/01: À 1:00h, o som do Nicinho foi desligado. Depois choveu e dormimos. Ás 12:00h, um garoto jogava pedras no muro e me desacatou quando reclamei. Fui ao ensaio na igreja, depois da missa.



       09/12/01: Fomos à missa no CANAL 5, com Patrícia, e vimos o grupo do Cidão cantar. Voltei à casa do Sr. Albertino e ele aceitou ser testemunha. Às 20:15h, saí para ter um ensaio com o grupo do Cidão. A missa custou a terminar, na igreja de S. Antônio, e eu aproveitei para afinar o violão no palanque que fica no pátio da igreja. Uns meninos vieram conversar e cantar comigo. São de um grupo da igreja. Ensaiei com o grupo do Cidão e voltei para casa.


        15/12/01: Tomamos café e fomos para a missa na Capela de S. Antônio. Caíram umas nuvens de chuva. O Pe. Bonifácio celebrou e o Sr. Antônio fez a pregação. Depois, fomos para o ensaio na Casa de Formação.



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 16/12/01: Às 19:00h, fomos para a igreja de S. Antônio, para comemorar os 3 anos do Grupo  CANTORES DE DEUS. Toquei com o Cidão, e Clara cantou no grupo.

  

No dia 17/12/01 (Segunda-feira), Clara foi à reunião de liturgia na igreja de S. Antônio. Eu fui à Procuradoria de Justiça de Alagoas, no Salgadinho, falei com Amélia, assessora do Dr. Jean, e esta marcou uma audiência para o dia 02/01/02. No dia 18/12/01 (Terça-feira), fui na Câmara e falei com D. Vera e com o advogado Alexandre. Ele disse que o meu pedido de cópia das atas já está na Seção de Atas.


 19/12/01: Depois do jantar, fomos ao ensaio na igreja de S. Antônio, com Patrícia.



No dia 22/12/01, passamos o dia trabalhando para construir o muro divisório com o terreno pertencente à família da Madal, que é catequista. Clara fez um churrasco e o Pe. Hesíodo veio almoçar conosco. E mais:


 22/12/01: Fomos ao ensaio, na Casa de Formação. Depois, fomos à casa do Rafael. Clara disse que tirou uma foto do Apolo e das  galinhas.

  
As galinhas referidas acima são as galinhas da vizinha, andando no nosso quintal. No dia 23/12/01 (Domingo), fomos à missa na igreja de S. Antônio, com Patrícia. Eu fiz uma leitura e Clara fez a outra.

 26/12/01: Fui comprar parafusos e levei o violão para o Cidão colar, na casa dele. Às 19:00h, fomos para o amigo oculto do grupo CANTORES DE DEUS.

  
Eu estava esquecido de mais esta faceta das atividades do Cidão: conserto de instrumentos. A referência à casa dele, acima, é na realidade a casa de sua genitora, D. Salete.
No dia 28/12/01, vi as capotas da vizinha andando no nosso terreno, no outro lado da grota.


 29/12/01: Depois do jantar, fomos à confraternização no Centro Comunitário. Foi apresentado um pastoril em que a diana foi a Madal. O grupo CANTORES DE DEUS se apresentou 2 vezes e nós cantamos juntos. O Cidão telefonou, de manhã, para dizer que o meu violão estava com o braço quebrado. O Diogo foi conosco para a confraternização da Comunidade S. Antônio (é o Diogo do Ivanildo).

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Fig. 8 – 26/12/01 – Amigo Oculto do Grupo.



No dia 30/12/01, tocamos e cantamos nas Bodas de Ouro da Mara, que mora na rua S. Francisco, em frente ao Dio.


 31/12/01: Clara tirou uma foto das 2 capotas andando no nosso terreno. Os cachorros vieram e as enxotaram. À noite, tocamos na missa das 22:00h da igreja de S. Antônio e demos uma estante ao Cidão. O Pe. Bonifácio celebrou.



Foi muito significativo o momento em que ofertamos essa estante para portar partituras ao Cidão. Ele ficou muito emocionado e agradeceu com todo o coração. Vimos, por várias vezes, ele valorizar esse recurso nas missas, utilizando essa estante. Ele aprovava o uso constante que eu fazia das partituras e comentava que até se arrependia de não ter se dedicado a essa atividade no momento certo, mas usava a estante para ler as letras das músicas que cantava e, às vezes, até para ver as cifras. No dia 01/01/02, tocamos na missa da Capela S. Antônio, com nossas duas caixas amplificadoras.


 02/01/02: À noite, fomos no ensaio, na igreja, e no aniversário de ordenação do Pe. João Bonifácio (9 anos).


No dia 05/01/02 (Sábado), depois do jantar, fomos tocar na missa da Primeira Comunhão. O Val me agradeceu e uma garota (vizinha da Tonha) tirou uma foto com a Clara.


 06/01/02: Almoçamos e fomos para a reunião de avaliação do grupo de canto. No caminho, Sônia foi conosco. Ficamos lá, das 14:00 às 18:00h.

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No dia 07/01/02, fomos a uma audiência no Juizado Especial às 8:30h: Relação de Vizinhança – Invasão das galinhas. A outra parte não compareceu e foi REVELIA. A dra. Taysa nos aconselhou a entrar com nova queixa no 9o Distrito e no Juizado. Com relação ao Cidão consta:


 07/01/02: Depois do jantar, fui à aula de violão na Casa Azul, com o professor Cidão.


A utilização da Casa Azul para suas aulas de violão já era uma decorrência e uma prova do prestígio do Cidão na Paróquia N. S. das Dores, pelos seus muitos serviços prestados.


 09/01/02: Depois do jantar, fomos ao ensaio. Desta vez, eu li a partitura de dois cantos para o grupo.


Pode-se notar que há sempre anotações com relação á insistência quanto ao uso de partituras, que fazia parte do nosso trabalho.


  11/01/02: ...Depois, fomos ensaiar na Casa de Formação. O grupo ainda não aceitou o ensaio com partituras. 

 12/01/02: Fui ao Conselho da Comunidade e apresentei as propostas de CURSO DE MÚSICA e PASTORAL POLÍTICA. Soube que o Jairo, da farmácia, está financiando o “Sopão” da Josefa. À noite, fomos ensaiar com o grupo.




Comecei a perceber porque a Comunidade do Jacintinho era comentada em vários locais como polêmica e cheia de novidades. Realmente, havia uma efervescência diária, que eu não estava acostumado a ver em outras Comunidades.


 13/01/02: Cantamos no CANAL 5. Tiramos uma foto com o grupo. Venúzia de Barros Melo telefonou e elogiou o nosso canto na missa do CANAL 5. ...Elas foram à missa das 19:30h conosco, onde cantamos novamente com os CANTORES DE DEUS. Clara leu as preces. D. Rosália fez 73 anos e Loreane também aniversariou hoje.

  

 14/01/02: Falei com o Ricardo e disse a ele para avisar ao sr. Chico para não mais botar lixo...Fui à aula do Cidão.

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No dia 16/01/02, fui à Câmara e dei uma caixa de bombons ao Cristiano. Ele prometeu as atas para a próxima semana. O nosso desgaste com o “Custo Brasil” parecia ser diário, pois as anotações assim indicam: “Robson e eu vimos as capotas passeando no nosso lado, do outro lado da grota. O Robson disse que elas estavam, ontem, na horta.” Portanto, Clara semeava, regava e as plantas não nasciam. Quando nasciam, desapareciam logo depois. Nos dias 19 e 20/01/02, houve avaliação e planejamento da Comunidade S. Antônio na Escola Municipal Eulina Alencar. Foi defendida a



Fig. 9 – 13/01/02 – Cantores de Deus no CANAL 5.


proposta de PASTORAL POLÍTICA e eleita uma Coordenação de Formação com os seguintes membros: Marinan (irmã da Maria), Vando, Madalena (Madal), Fernando (Filho de D. Luzia), e Charles (filho da Diva).


 23/01/02: Fomos ensaiar na igreja e nós distribuímos as partituras do Canto de Entrada da CF-2002.


 26/01/02: Depois do jantar, fomos ensaiar na Casa de Formação e a Laura também foi.


Essa menção à Laura deve-se a uma tentativa de trazer uma pessoa qualificada para colaborar nos ensaios.


 27/01/02: Fomos à missa na Comunidade S. Domingos e eu falei sobre o curso de música. Depois do jantar, fomos à missa na igreja de S. Antônio e cantamos. O Cidão utilizou o meu violão.
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 28/01/02: Clara tirou uma foto do caminhão da EMBRALIMPE. Às 18:15h, chegaram Isaac e Marcos (seminaristas Lazaristas) para tomar café. Fomos, juntos, à aula do Cidão e à Comunidade S. Domingos. Lá, encontramos o Antônio, a Paula (filha da cantora Lúcia), o José Martins (dono do órgão), a senhora que toca o pandeiro e mais um casal.

  
Essa menção ao caminhão da EMBRALIMPE é para lembrar que retiramos cerca de 14 caçambas de lixo, catado no nosso quintal. Clara tem todas as notas dos pagamentos efetuados para esse recolhimento.


 30/01/02: À noite, fomos ao ensaio do grupo na Casa de Formação.


No dia 31/01/02, fui à Câmara , mas não encontrei os funcionários da sala das atas.


 02/02/02: Depois do jantar, fomos ensaiar na Casa de Formação.


No dia 03/02/02, fomos à missa na igreja de S. Antônio. Após à missa, discuti com o Valdir, Luzia, Fernando, e Vando, a possibilidade de um Curso de Música Sacra.


 06/02/02: Passamos na Câmara, e desta vez, apanhamos as atas. ...Sabino Romariz foi agredido. Fomos ensaiar na igreja, às 19:30h.


Nossa persistência em conseguir as atas da Câmara teve resultado, e o espancamento bárbaro do jornalista Sabino Romariz nos deixou consternados. As aves da vizinha continuam livres para depredar nossas sacrificadas plantações. A nossa freqüência aos ensaios do grupo do Cidão continua alta.


 09/02/02: Fomos ensaiar na Casa de Formação. Voltamos e tomamos café.


 10/02/02: Fomos cantar na missa do CANAL 5. Voltamos e tomamos café. Emprestei um volume dos textos ao Mons. Celso. A Clara foi mencionada como aniversariante, juntamente com o Aparecido.
            Vieram para o almoço: Aparecido, Loreane, Luzia, Moraes e Salete, Hesíodo, Marcos e Isaac, João e Genoveva, Alexandre e Andréa.
            Depois do jantar, fomos cantar e tocar na missa das 19:30h, na igreja de S. Antônio.
            Ainda comemos 1 pizza com Patrícia e Chiquita, antes de dormir.

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 Fig. 10 – 10/02/02 – Cidão no aniversário da Clara.


Nesse dia, pudemos ver o talento do Cidão e Loreane, ao vê-los cantar diversas músicas populares. Isso foi o que mais nos impressionou. Justifica-se plenamente o ambiente de alegria e festa reinante naquele dia na nossa casa 120, uma vez que o Cidão aniversaria no dia 07/02 e Clara, logo a seguir, no dia 10/02. Moraes era o esposo da Salete (minha prima), já falecido e que trabalhava na Prefeitura de Maceió. Alexandre e Andréa residem atualmente na rua Cel. Paranhos e são amigos nossos através do casal João e Genoveva. Os outros são conhecidos e atuantes nas Pastorais de nossa Paróquia. Convém salientar que Genoveva é minha amiga desde os tempos da nossa catequese, e 1a comunhão, na Capela de S. Antônio.


 11/02/02: À noite, veio a Laura, da Escola de Música, e discutimos a apostila até às 23h.


Tentamos envolver a Laura, que estava colaborando com o grupo CANTORES DE DEUS, na dinâmica que sempre praticamos, que consiste em propagar a utilidade das partituras através de um curso de Música Sacra.


 13/02/02: Antes do almoço, transplantamos duas acerolas e uma graviola, além de um coqueiro. Catamos muito lixo.
...Cantamos e tocamos na missa das 19:30h.


No dia 16/02/02, Tocamos e cantamos na Capela de S. Antônio, acompanhados de nossa prima, Maria Lins. Clara conseguiu 8 pessoas para a excursão de amanhã.

 17/02/02: Fomos passar o dia na Barra Nova e no rio Poxim, numa excursão com os CANTORES DE DEUS.
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Nessa excursão, o Cidão ocupou um assento no ônibus que fazia parelha com o outro onde estava a Loreane. Embora tocasse o violão e cantasse, podia-se perceber que a forma como ele contagiava todo o grupo estava enfraquecendo. Algumas posturas e insinuações com relação à vizinha, na viagem, deixava transparecer algo mais do que simplesmente uma colega de um grupo de canto. De fato, durante todo o dia ficamos com um pequeno grupo de pessoas, entre elas a família de João e Genoveva. Notamos que havia outros subgrupos reunidos, talvez também pelo desconforto do local que justificaria a segregação dos participantes. Embora não fosse uma exigência a ser cumprida pelo Cidão, esperava-se que ele polarizasse as atenções e desse uma unidade ao grupo em algum momento do passeio. Mas nada aconteceu, e assim continuou até o desembarque final..


 20/02/02: Terminamos de fixar as mãos francesas do telhado do galpão e eu coloquei mais uma ripa. À noite, fomos ao ensaio dos CANTORES DE DEUS. Foi escolhida a Clara para representar o grupo no Conselho Paroquial, Cidão + Loreane no Conselho Comunitário. Entreguei um volume de textos a um jovem, nas Dores, para entregar ao Pe. Manoel.


 Sem qualquer insinuação verbal, sentíamos uma névoa de preocupação no nosso íntimo. Não sabemos se o Cidão percebeu alguma coisa, mas sabemos que o semblante e talvez até, a telepatia, revela tudo com mais autenticidade. A indicação do Cidão para representante no Conselho provocara um quase que automático acoplamento do outro nome, aclamado por algumas pessoas do grupo, e que naturalmente deveria ir junto, o da Loreane.
No dia 21/02/02, fomos no Juizado Especial e fizemos as queixas dos últimos 3 processos, inclusive o da Josefa. O estagiário Alisson só ia fazer 2 Processos, mas a Franciana chegou e fez o último. A Dra. Thaysa veio me coagir a não dar entrada no processo da Josefa, mandando primeiro falar com o Sávio. Fui à prefeitura e fiquei sem almoçar até às 14:00h. Voltei para casa, depois de passar na Câmara, onde falei com o Gildo e o Gilson (provavelmente Gino). Almocei e fui deitar. Quando acordei, vi o fogo ateado por garotos nos fundos de uma casa da rua das Jardineiras. Tentei roçar e ir até lá, com Clara, mas não deu. Por isso fomos na casa da Eliete, que nos deu informações sobre o Sr. Bio e seu irmão, que estava fazendo queimada hoje, e vão aos poucos invadindo o terreno. Falamos com o Sr. Bio. Fomos na casa do João (e Genoveva) e Clara ganhou uma tetéia de presente. Fomos na Capela de S. Antônio e recebemos os textos enviados pela Luzia para representar a Comunidade Santo Antônio na Assembléia.
No dia 23/02/02, à tarde, fomos para a Assembléia Paroquial e só voltamos às 21:00h.
No dia 24/02/02, Saímos para a Assembléia Paroquial e só voltamos às 18:00h. Fiz uma exposição de 30min sobre a Pastoral Política, por determinação do Pe. Manoel José. Ninguém contestou. O Pe. Manoel incluiu o prof. Valdir na Pastoral Política. O Pe. Hesíodo era o próximo a falar, e quando ele explicou que deve-se aproximar do pecador e conviver... Eu logo perguntei a ele se a pessoa devia se aproximar de um maconheiro e fumar com ele? Parece que ele não entendeu a minha provocação, que era uma chance para ele fazer um belo comentário. Acabou que eu mesmo assumi a resposta dizendo que Cristo se aproximaria de um viciado sem praticar junto com ele o vício, mas para libertá-lo da dificuldade.
Depois do jantar, Clara foi com Patrícia na missa da igreja de S. Antônio e trouxe uma lista de inscritos no curso de música. Conhecemos a Eliane, o Gustavo (irmão do Charles), o Ricardo (da Comunidade S. Domingos) etc.
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 27/02/02: Fiz alvenaria até às 11:00h. Clara foi na Prefeitura e entregou a cópia do recibo de quitação do IPTU da casa 9 da rua Triunfo. O Pe. Manoel telefonou para dizer que queria 2 representantes, amanhã, às 8:00h, com o comandante da Polícia Militar. Eu chamei o João da Genoveva. ...Às 14:30h, fomos no escritório do Sávio e ele rescindiu o contrato. Passamos na UFAL e eu fui aprovado no teste para o (curso de) violão. D. Sebastiana (inquilina da rua do Arame 14) veio conversar conosco e disse que não levará advogado. Depois do jantar, fomos ao ensaio na igreja e todos cantaram os parabéns pelo meu aniversário.
  
  
Temos fotografias dessa simpática reunião no comando da Polícia Militar de Alagoas. O comandante Ronaldo, engenheiro, já se encontra reformado, e vem assumindo importantes cargos da administração pública.
No dia 28/02/02 tinha as seguintes anotações: “Eu fui á reunião de lideranças do Jacintinho com o comandante Ronaldo, da Polícia Militar. Foi muito interessante e as anotações estão na folha de propaganda do curso de música. João (da Genoveva) também foi. ...Hoje, a Helenita e a irmã vieram aqui e testemunharam a agressão da vizinha à Clara, quando estas passeavam no quintal. A vizinha disse: “Que foi que viu?”
            O Cícero Lins veio apanhar a lata de manteiga.”


 02/03/02: À noite, tivemos a comemoração dos aniversariantes dos CANTORES DE DEUS. Vieram Cléa, Maria, Nailza, Reginaldo +Eliege, João e Genoveva, Salete (do violão)+Salete, além do grupo dos CANTORES DE DEUS.


Foi uma noite muito agradável na nossa casa 120. A Salete (do violão) é uma amiga dos tempos da juventude, que morava na rua da igreja dos Capuchinhos, que canta e se acompanha ao violão. Cléa, Maria e a outra Salete são minhas primas. Reginaldo e Eliege é um casal de União dos Palmares. Ele toca teclado e violão, além de ter uma voz belíssima, cujos talentos servem constantemente à Igreja de União dos Palmares.
No dia 03/03/02 (Domingo), fomos divulgar o curso de música no CANAL 5 e depois votar na Eliane para o Conselho Tutelar da Criança. No dia 05/03/02, à noite, cantamos e tocamos na missa da Capela S. Antônio. O Pe. Bonifácio celebrou.


 09/03/02: Fui no Conselho Paroquial. Fomos ao ensaio com o Cidão. Depois do jantar, fomos na posse da Presidente da Comunidade Virgem dos Pobres e no aniversário da July (filha do casal João e Genoveva).

  
Um dia, a líder da Comunidade Virgem dos Pobres estava numa Solenidade da Câmara e nós logo a reconhecemos. Nessa oportunidade ela disse que estava ali a convite do Ver. Marcos Vieira, porque ele ajudava muito à Comunidade, inclusive doando os brindes para os sorteios.

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10/03/02: Cantamos na missa do CANAL 5 e o Sr. Paulo deu o aviso do nosso Curso de Música Sacra, logo no início da missa. ...Jantamos com Chiquita + Patrícia e fomos cantar e tocar na missa das 19:30h da igreja de S. Antônio. Eliane agradeceu a votação que recebeu para o Conselho Tutelar.


No dia 11/03/02, iniciamos o curso de música na Casa de Formação. No dia 13/03/02, no curso de música, descobrimos que estavam participando os irmãos Beraton e Beroaldo, que são filhos do Sr. Mário, o mesmo que comprou um lote no nosso terreno, vendido pelo vizinho Rinaldo, e estava começando a construir a casa quando minha irmã Rita, interferiu. Ele havia me dito que perdeu tudo, nem sequer recuperou o dinheiro que pagou pelo terreno. Posteriormente, descobrimos que ele é filho de D. Quitéria, em cuja casa realizamos duas novenas de Natal, e irmão do Adauri, que conhecemos durante a primeira Novena de Natal realizada na Rua Triunfo, e que até hoje participa ativamente da liturgia na nossa Comunidade.


16/03/02: Fui ao Conselho da Comunidade, agora com a participação do Cidão e da Loreane.

          Voltei, tomei café, enquanto Clara foi ao Encontro para preparar missas, e depois, fomos à missa na Capela de S. Antônio.
   

   20/03/02: À noite, fomos na igreja, mas não houve ensaio. Passamos na Câmara e tiramos uma foto com o Luiz, da Comunidade S. Isabel.


07/04/02: Fomos à missa no CANAL 5. O Sr. Guedes nos comunicou que será o nosso grupo, no próximo domingo. Ficamos em casa até o meio-dia, quando fomos ao almoço do aniversário da Luzia, no Centro Comunitário.


Agora estamos vivenciando essa nova faceta da atuação do Cidão, talvez desconhecida dos seus amigos tradicionais: o tirocínio para a administração. Conforme veremos no próximo registro, ele até nos passou o comando do ensaio nesse dia, face a atribuições mais importantes na administração da Comunidade.


12/04/02: Ensaiamos na Casa de Formação, depois do jantar. O Cidão ficou numa reunião de Coordenação e não ensaiou com a gente.


13/04/02: Depois do jantar, fomos ensaiar na Casa de Formação. Às 20:00h, fui no Centro Comunitário, na reunião da água. Só estava lá o prof. Valdir e o sr. Severino (esposo da Josefa).

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Essa reunião da água deve ser com relação ao Poço da CASAL, na Rua Triunfo, numa posição irregular, impedindo o trânsito, desvalorizando os imóveis, causando constrangimentos aos moradores devido aos dejetos jogados na rua pelo Sr. Antônio, dificultando as rondas policiais, além de ser um incentivo aos maus costumes (Ver Bibliografia 3).



14/04/02: Acordei às 4:50h para me preparar para a missa. Cantamos com os CANTORES DE DEUS, no CANAL 5, e Clara fez a leitura. O prof. Guedes nos mostrou uma letra e música que ele compôs.

Foi nesse momento, em que o prof. Guedes mostrou a letra de sua música, que eu pude testemunhar a capacidade musical e o talento do Cidão: Ele disse simplesmente ao prof. Guedes: “O senhor pode cantar essa música?” E assim que o prof. Guedes começou a cantar, o Cidão já o estava acompanhando ao violão. Logo em seguida, O Cidão tocou quase a música toda, reproduzindo fielmente a sua melodia. O prof. Guedes então perguntou se eu podia escrever a partitura, e eu respondi que era possível, pois era somente copiar as notas a partir do violão do Cidão. Porém nunca mais voltamos a falar sobre esse assunto. Nesse dia, ainda tiramos uma foto de todo o grupo dos CANTORES DE DEUS, após à missa, nas dependências do CANAL 5 (Ver Fig. 11).


19/04/02: depois do jantar, fomos ensaiar na Casa de Formação.


No dia 20/04/02, passamos em Murici e visitamos a Casa Paroquial. Havia uma reunião para a caminhada da terra, com o Pe. Lessing (canadense), Pe. Alex (italiano), Fernando (filho da Luzia), Maria de lourdes Sobral (S. J. da Lage), Maria Lira S. Carvalho etc. Fiquei feliz de saber que até ali a Comunidade de S. Antônio do Jacintinho participava. Seguimos para União dos Palmares. Voltamos com chuva e chegamos na casa 120 às 17:00h. Tocamos e cantamos na Capela de S. Antônio, com Eduardo (da Rua S. Bento).
No dia 21/04/02, fomos à reunião da PASTORAL POLÍTICA e levamos o vídeo+TV. Conseguimos mostrar a fita Cidadania Ativa (do Chico Whitaker) para o prof. Valdir, Luiz e Josias. À noite, fomos cantar na igreja de S. Antônio, na missa dos casais.


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Fig. 11 – 14/04/02 – Cidão após o canto no CANAL 5.


            27/04/02: Depois do jantar, fomos ao ensaio do grupo do Cidão, mas não se cantou nada, foi só a organização da festa. Viemos em casa e voltamos para ensaiar com o grupo APOCALIPSE. Na volta, experimentamos o violão do Beraton.



Mais uma vez o nosso ensaio de canto transforma-se em assuntos administrativos da Comunidade, com o nosso entendimento de que era o que o Cidão priorizava, nessa nova fase da vida dele. No dia 29/04/02, fizemos uma capa com foto e encadernamos uma apostila com partituras para dar ao Cidão.



03/05/02: À noite, fomos ensaiar na Casa de Formação com os CANTORES DE DEUS. Conhecemos a dona da casa onde estão os padres, D. Enide que faz parte do grupo e é cunhada do Dep. Carimbão.


04/05/02: depois do almoço, fui ao Conselho Paroquial na Grota do Rafael. Vieram os Conselheiros do Conselho Tutelar da Criança. Tirei duas fotos. Clara foi ao ensaio do “Grupão” na igreja de S. Antônio. Depois, ensaiamos com o Cidão. Fomos tomar café, e depois, ensaiamos com o grupo APOCALIPSE. Enquanto eu esperava, pude acompanhar, ao violão, o canto do grupo PEREGRINOS DE JESUS, liderado pela Leandra.


Começa aqui o nosso contato com o grupo PEREGINOS DE JESUS.

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         12/05/02: De manhã, fomos cantar no CANAL 5. A nota (ré-sol) do salmo foi cantada como (#sol-sol). O Glória teve o refrão modificado e o canto final “Mãe...” resultou num choque entre o Cidão e a Loreane. Falei com o Mons. Celso sobre o livro do David Yallop e ele disse, finalmente, que já estava convencido de que o Papa João Paulo I não fora assassinado, por isso não leria mais nada sobe isso. Fomos cantar na missa das 19:30h, com os CANTORES DE DEUS. Depois, a Leandra veio conversando até à Rua dos Caetés, onde encontramos a Vera.



Nos dias 13/05/02 e 16/05/02, ensaiamos com o grupo PEREGRINOS DE JESUS




          17/05/02: Fomos para o ensaio dos CANTORES DE DEUS e o Valentim nos acompanhou.
          De manhã, fui no aeroporto e tirei uma foto da irmã do Pe. Silvestre.



No dia 19/05/02, tocamos para os PEREGRINOS DE JESUS na missa das 19:30h. Foi o aniversário da Leandra. Nos dias 20/05/02 e 23/05/02 ensaiamos com esse grupo.


           24/05/02: À noite, fomos ensaiar no grupo do Cidão e a Jane (de União dos Palmares) nos acompanhou.


           25/05/02: nós fomos ensaiar na igreja, às 15:h. Viemos jantar e continuamos a ensaiar até às 22:00h. Foram os grupos PEREGRINOS DE JESUS, CANTORES DE DEUS, APOCALIPSE e o ensaio geral para a festa de S. Antônio.



No dia 01/06/02 (Sábado), fui à reunião do Conselho Paroquial. Passei no ensaio dos CANTORES DE DEUS quando Clara já havia saído. Saímos para União dos Palmares...




       04/06/02: Fomos cantar na abertura da festa de S. Antônio com os CANTORES DE DEUS. Maria Lins jantou com a gente e foi conosco, além da Márcia.



No dia 06/06/02 (Quinta-feira), depois do jantar, fomos tocar com os PEREGRINOS DE JESUS na Capela do Pe. Cícero.

       08/06/02: Fomos ensaiar com o grupo APOCALIPSE, às 14:00h. Depois, com o grupo CANTORES DE DEUS, às 17:00h, e ficamos para a missa das 19:30h. O Kiko apareceu, acompanhado da filha da vizinha, que também apareceu como coroinha.


O Kiko é filho adotivo do casal amigo, João e Genoveva.

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          09/06/02: Fomos cantar no CANAL 5. Após à missa, o Mons. Celso veio dizer ao Cidão que quando a viola toca, ele se cala, mas quando ele fala não toque a viola. ...Fomos à missa na igreja de S. Antônio, às 19:30h.


      11/06/02: Depois do jantar, fomos cantar com os CANTORES DE DEUS na igreja de S. Antônio. 


        16/06/02: Cheguei na igreja de S. Antônio às  8:05h e encontrei a porta ainda fechada, com duas crianças do grupo PEREGRINOS DE JESUS esperando: Jérsica e Joseane. Tocamos junto com o Cidão e cantamos com o grupo CANTORES DE DEUS, na missa das 9:00h, em que veio também o arcebispo coadjutor, D. José Carlos.


No dia 17/06/02, digitei o texto que escrevi, ontem à noite, que foi uma crítica à cartilha lançada pela Arquidiocese. O prof. Valdir apareceu quando eu estava digitando e vimos os gols do Brasil (Brasil x Bélgica: 2 x 0).


           18/06/02: À noite, fomos ao ensaio dos CANTORES DE DEUS.


           21/06/02: Fomos ao ensaio dos CANTORES DE DEUS.


Depois do almoço vieram Vera e Leandra, mas a Vera voltou por causa da filha Suzana. A Leandra ficou até às 17:00h. Ensaiamos algumas músicas e ela contou as histórias dos grupos, e falou do relacionamento do Pe. Hesíodo com a garota Diane, de 13 anos.


            29/06/02: Eu fui ao ensaio dos CANTORES DE DEUS.


Nesse dia, Clara preparou um churrasco para o jantar. Vieram Nadeje, Cléa, João, Jô e Nairzinha.
No dia 30/06/02, fomos à missa no CANAL 5, com a Márcia. O grupo do Pilar que ia cantar, não compareceu. Distribuí o texto sobre a cartilha da Arquidiocese com o Mons. Celso e seus ajudantes. Dei um para D. Jasmelinda, com a foto dela. O Brasil se sagrou Pentacampeão (Brasil x Alemanha: 2 x 0). As duas crianças, Flaviano e Taiane, vieram e tiveram noções de música, das 14:00h às 16:00h.

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          06/07/02: Saí para a reunião do Conselho Paroquial. Voltei, passando pelo ensaio dos CANTORES DE DEUS. Jantamos e voltamos para ensaiar com o APOCALIPSE, até às 22:30h.


Fig. 12 – 06/07/02 – Conselho da Paróquia N. S. das Dores.


Nos dias 01/07/02 e 04/07/02 ensaiamos com o grupo PEREGRINOS DE JESUS.
No dia 07/07/02, Taísa e Taiane vieram para a aula de música: das 8:30h às 10:30h. Fui na Aldeia do Índio e conheci o grupo que canta e toca lá. A Lucineide, filha da Riva, me levou até à casa dela. Eu dei aula de música para o Flaviano até às 16:30h. Fomos tocar e cantar na missa das 19:30h, na igreja de S. Antônio, com o grupo APOCALIPSE.


 13/07/02: Fomos ensaiar com os CANTORES DE DEUS e com os PEREGRINOS DE JESUS. Conversei com a Vera sobre a política na Igreja: Leigos e Clero.

  
 14/07/02: Cantamos no CANAL 5, com o grupo CANTORES DE DEUS. Clara ficou em casa. À noite, tocamos e cantamos com os CANTORES DE DEUS, na missa das 19:30h da igreja de S. Antônio.


Neste dia também estivemos no Encontro das CEBs, em Bebedouro, com a presença do Aliomar Lins e esposa, e três membros da Pastoral Política da Arquidiocese, onde distribuí o meu 

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texto sobre a Cartilha da Arquidiocese. De tarde, vieram Flaviano, Thaísa e Taiane, para a aula de partitura.
No dia 15/07/02, iniciamos o Curso de Música Sacra na igreja de N. S. das Dores. No dia 19/07/02, encerramos o curso de música com a presença do Engo José Ferreira Souza e sua esposa, Elza, que assistiram a uma apresentação dos alunos (Ver Fig. 13).


Fig. 13 – 18/07/02 – Curso de Música na Paróquia N. S. das Dores.


No dia 20/07/02, cantamos na missa da Capela de S. Antônio com os PEREGRINOS DE JESUS. Depois, Leandra e Vera vieram conversar. O prof. Valdir veio conversar na hora do almoço.
No dia 21/07/02, fui na Escola Arnon de Melo, no Peixoto, para a reunião da Pastoral Política. Quando eu falei nas reuniões da Rede-Sul-Fluminense, o Luiz perguntou (ironicamente) se eu não arranjava 3 passagens. Às 14:15h, saímos para tomar o ônibus com destino ao Rio de Janeiro.
No dia 19/08/02, fui na SMCCU e protocolei a denúncia de ilegalidade do Poço da CASAL, no meio da rua Triunfo.
  

 24/08/02: Fui atender ao Flaviano, que veio tocar órgão. À noite, fomos ensaiar com as crianças, na igreja, e com os CANTORES DE DEUS, na Casa de Formação. A Márcia manifestou o desejo de ir embora, alegando mal-estar devido ao assédio do Marcelo.



Depois do almoço, fui na SOMURB e descobri que o Processo 1106 é agora o 402/02. Ele está na Superintendência, com o Jorge Sexta-feira.

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 30/08/02: Fomos ao ensaio dos CANTORES DE DEUS e terminou com uma enérgica discussão entre eu e vários componentes. O caso foi provocado pelo início da oração da Luzia ao dizer que vamos escolher, entre os candidatos, o menos pior, e eu contradisse dizendo que sempre será assim quando não se toma a iniciativa de participar da política.

  
Realmente, seria uma resignação absurda para mim, naquele momento, aceitar uma tal oração. Ora, esses políticos menos piores são os que nomeiam os Secretário da SOMURB, da SMCCU etc, onde não se conseguiu encontrar o Processo 1106. Além do mais, uma oração dessa seria uma contradição para quem ajudou a fundar a PASTORAL POLÍTICA de uma Paróquia de 180.000 habitantes e luta diariamente para conscientizar as pessoas.
No dia 01/09/02, encontrei o filho da inquilina Josefa capinando na descida da grota. Ele já tinha ateado fogo no mato. Quando o abordei, ele queria argumentar e discutir dizendo que se o terreno fosse meu não estaria na Justiça.
No dia 02/09/02, fui na SOMURB e o assessor do Jorge Sextafeira prometeu a cópia do Processo 1106 na próxima quinta-feira. Na volta, conversei bastante com a Arlete (Presidente do Centro Comunitário Santo Antônio) sobre o nosso sítio e sobre o Processo 1106, que o prof. Valdir havia iniciado em nome do Centro Comunitário Santo Antônio. À noite, fomos ensaiar com os PEREGRINOS DE JESUS.
No dia 03/09/02, depois do jantar, fomos tocar na Capela de S. Antônio, com a Vera.

  
 06/09/02: Depois do jantar, vieram Flaviano, Welitânia e Luciana, Elas foram conosco ao ensaio dos CANTORES DE DEUS, na Casa de Formação.

  
 07/09/02: À noite, fui ao ensaio dos CANTORES DE DEUS. Clara ficou em casa.


No dia 08/09/02, fomos tocar e cantar com os PEREGRINOS DE JESUS na abertura da festa de N. S. das Dores.


 08/09/02: Depois do jantar, fomos tocar e cantar na igreja de S. Antônio, com os CANTORES DE DEUS. A Loreane reclamou da caixa amplificadora que levamos.


 No dia 13/09/02 (Sexta-feira), de manhã, veio o 2o Tenente João Bezerra da Silva e eu assinei o protocolo para comparecer no 1o Batalhão, no dia 19/09/02. A Clara disse que a vizinha a encarou com olhar sinistro e odioso e disse: “Você vai ver o que é bom...” O Valentim disse que parou um carro, às 23:00h, chamando a Clara. Quando ele se levantou, o carro já tinha ido embora.

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 13/09/02: À noite, ensaiamos com os CANTORES DE DEUS.

  
 14/09/02: Fomos ensaiar com as crianças e com os CANTORES DE DEUS.


No dia 15/09/02 (Domingo), às 7:00h, saímos para S. Luiz de Quitunde, em missão. Conversamos com o Pe. Edvaldo, na casa Paroquial. Fomos conduzidos pela catequista Aline à casa do Tadeu, onde conversamos e tocamos violão com ele.

  
 15/09/02: às 15:30h, estávamos no encerramento da festa de N. S. das Dores, cantando no palanque com os CANTORES DE DEUS.


No dia 17/09/02, fui na SOMURB e foi uma decepção. A arquiteta Cristina não me atendeu e mandou o recado de que tinha telefonado para o assessor, engo Gonzaga, e estava esperando o Processo 402/02. Quando saí, de manhã, deixei as cópias dos Processos com o Pe. Hesíodo e expliquei tudo a ele.

  
 20/09/02: À noite, fomos ensaiar com os CAN TORES DE DEUS e foi muito desagradável porque me enervei devido ao Cidão não me deixar falar.

  
 21/09/02: O Flaviano veio ensaiar as músicas, de manhã. À tarde, fui à reunião do Conselho Comunitário, mas não houve devido à falta de quorum. Contudo, conversamos sobre o som da igreja e bancos para as crianças. Presentes à reunião: Cidão, Pe. Hesíodo, Pe. Bonifácio, Carmelita, Josefa, Arlete I, Arlete II, Fernando, Nilton e 3 companheiros, Loreane e Rita. Terminou com mal-estar e a Carmelita dizendo que minha radiola não muda.
          À noite, fomos tocar com os PEREGRINOS DE JESUS na Capela de S. Antônio e foi tudo muito bonito. Conheci a Zeza (Maria José), irmã da Vitória, e a Edileuza (Leu), mãe da Roseane.

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Fig. 14 – 21/09/02 – Peregrinos na Capela de S. Antônio, Jacintinho, Maceió/AL.

  
 22/09/02: À noite, fomos na igreja de S. Antônio (CANTORES DE DEUS)


 26/09/02: Às 17:30h, fomos ensaiar com os PEREGRINOS DE JESUS, e às 19:30h, com os CANTORES DE DEUS. A Elaine entrou no grupo, hoje. O marido da vizinha, e filhos, colocaram o material (areia e traço) que eles compraram, para dentro, provavelmente para construir um banheiro. Conversei sobe isso com o Sr. Albertino e D. Eulina. Eles disseram que D. Rosa foi inquilina de minha mãe na casa onde está a vizinha, e um pastor (José Carlos) na casa onde está D. Helena.


          No dia 27/09/02, fui na N. S. das Dores e distribuí propaganda de nossa celebração. Descansamos, depois do almoço. De tardinha, veio o Flaviano. Nós ensaiamos e agüamos as plantas. Fomos à missa. Voltamos e ensaiamos a música do Glória, a 13a do repertório do Flaviano. O Lula ganhou para Presidente e eu comecei o dia votando no colégio Eulina Alencar. Na missa (da noite), distribuímos panfletos da celebração do dia 31/10/02.


 28/09/02: O Flaviano veio ensaiar , hoje à tarde. Clara foi ensaiar com a crianças e eu fiquei em casa, digitando.
          À noite, fomos ensaiar com os CANTORES DE DEUS. O Cidão fez duas críticas a mim, dizendo que eu “manguei” do diácono que falou errado no palanque e que eu mexi no som do Dirceu (Que ele – O Dirceu – ia partir para cima de mim). Foi tudo muito interessante.

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Nesse dia de ensaio, 28/09/02, o Cidão aproveitou também para fazer alguns comentários sobre os incidentes ocorridos no palanque da festa de N. S. das Dores, no dia 15/09/02. Entre os variados assuntos, pode-se resumir:
1) O Cidão disse que o Dirceu só faltou partir para cima de mim, pois eu estava mexendo na mesa de som dele. A minha interpretação é que o meu violão estava com um som esquisito e eu fui averiguar, encontrando alguns botões desregulados. O Cidão acrescentou que o Dirceu zombou da nossa apresentação dizendo: “Havia dois violões no palco”, quer dizer: o meu não combinava com o do Cidão. E que o Dirceu o indagou: “Como é que você toca com um cara desses?”. Eu, mansa e decididamente, respondi ao Cidão: “Não se preocupe, eu não tocarei mais e não trarei o violão para os ensaios.” Esse assunto foi então encerrado.
2) O Cidão disse que eu causei um vexame a todo o grupo porque censurei o seminarista no palanque, de modo que todos ouviram. Acho que somente ele ouviu, mas o que eu me referi foi o seminarista dizer ao microfone, dirigindo-se à multidão em voz forte e sonora: “ A Comunidade Virgem dos Pobre! Comunidade Braços Aberto!” Então eu me dirigi imediatamente ao Cidão, comentando que não bastava ouvir isso do pároco, mas também do seminarista! Ora, é natural que o povo tema censurar as autoridades, mas não é por uma questão de respeito, e sim, por temor de perseguição, ou de não receber favores, o que acaba sendo a mesma coisa. Porém, corrigir equívocos, melhorar a sociedade, não deve ser admitido como falta de respeito. As línguas sofrem mutações constantemente, não fosse assim não haveria o inglês arcaico, o latim considerada língua morta etc. Mas devemos também considerar que os recursos áudio-visuais e as possibilidades de educação nos centros de ensino da antiguidade não existiam, e certamente a deterioração da língua falada e escrita nos dias de hoje tem suas razões muito mais na desorganização da sociedade do que no fato de ser um fenômeno natural. E ser considerado um povo subdesenvolvido não deve ser encarado como um elogio. Nos países desenvolvidos, há uma punição para os que colocam cartazes ou letreiros que visam a atenção do público e que contenham erros gramaticais, além desses cartazes serem imediatamente retirados. Deduz-se daí que o aprendizado da língua e suas regras gramaticais contribuem para uma padronização, e nesse caso, necessária e benéfica, cabendo às pessoas que ocupam cargos, ou funções de destaque, se esforçarem para utilizar a língua corretamente e propagar os bons costumes.
Outro ponto a se comentar, como resultado desse incidente, foi a desaprovação imediata do Cidão ao meu comentário, demonstrando um ar de desaprovação e ficando em silêncio, olhando para o outro lado. Para ressaltar o ocorrido lembramos a história da criança que bradou no meio da multidão: “Olha, o rei está nu!” Até então, ninguém ousava acreditar que o rei estivesse realmente nu na cerimônia. A sabedoria da CNBB fala do CLERICALISMO, no Documento 71, que adverte os fiéis de que é um mal para os leigos e para os membros do clero adotar esse comportamento. Sobre esse assunto gostaríamos de lembrar o Bispo Pedro Casaldáliga, que disse: “Uma Comunidade pode converter um bispo!” Portanto, desse ponto não abri mão.
3) Clara foi acusada de ter cantado muito próximo ao microfone, de modo que só se ouvia a voz dela na multidão. Clara acha que os outros microfones, postos a disposição do grupo, no palanque, estavam mal regulados, e até a Luzia a defendeu dizendo: “Eu estava cantando com a Clara no mesmo microfone e a Clara não se aproximou exageradamente do microfone”. O assunto foi encerrado.
4) Houve menção também ao fato de eu não respeitar as pessoas do grupo. Pensei que ele se referiu ao fato de eu ter contestado a oração, para votar nos menos piores, do dia 30/08/02, e do revide à reclamação da posição da caixa, no dia 08/09/02. Eu silenciei, e o assunto não foi à frente.
5) Houve momentos em que o Cidão, na sua voz meiga e calma, aconselhadora, me dizia: “Francisco, se você não se sente bem no grupo, saia. Eu não ficaria num grupo em que me sentisse rejeitado pelas pessoas”. No mesmo tom de voz eu respondi: “Você também, se não se sentir bem no grupo, pode sair”. Tudo voltou ao silêncio, e eu cada vez mais admirava o Cidão, pelo seu controle emocional e pela sua serenidade. Ele era completamente fiel a seus amigos.


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          No dia 29/09/02, eu fui para a manhã de Formação na Casa de Formação, com o tema Cultura. Foi muito bom e teve a participação de cerca de 21 pessoas, entre elas: Madalena, Luzia, Neide, Elaine, Clóvis e Jamile. Essa palestra proferida pelo Helcias Roberto Paulino Pereira (Membro da Coordenação Nacional dos Agentes da Pastoral dos Negros) foi muito interessante. De tarde, vieram para a aula de música: Rafaela, Welitânia, Anniele, Ariany e Flaviano. O Pe. Cristóvão, reitor do Seminário Metropolitano de Maceió, telefonou para ministrarmos uma palestra no Seminário, sobre cidadania, na próxima terça-feira.
            No dia 02/10/07, às 16:55h, veio o Ten. João Bezerra e nós assinamos os depoimentos. Resta dizer que Anniele e Ariany já estavam conosco durante a tarde, e Clara levou o teclado lá na obra para que Ariany executasse toda a música que aprendera. Na hora do jantar, Flaviano veio ensaiar. Ele ficou até às 21:00h e está lendo as notas com facilidade.


           04/10/02: Flaviano veio tocar na hora da ceia, e depois, fomos ensaiar com os CANTORES DE DEUS.


          05/10/02: ...Segui para o Conselho Paroquial, em Braços Abertos. Às 17:00h, tomei café na casa 120. Às 17:30h, fomos ensaiar com as crianças. Os CANTORES DE DEUS, com o Pe. Bonifácio, tiveram que assistir, pois marcaram para se encontrarem ali e caminhar até à Grota do Cigano. Depois, fomos até à Comunidade N. S. de Fátima e cantamos com os CANTORES DE DEUS.


Nesse dia, 05/10/02, na Comunidade Braços Abertos, o Pe. Manoel José insinuou que alguém estava contra a cerveja, e assim o padre se expressou: “Tem alguém querendo nos transformar em evangélicos!” (não beber cerveja nas festas da Igreja). Ele declarou também que eu havia dito o seguinte: “Quem não está filiado, não pode participar da PASTORAL POLÍTICA”. Eu expliquei a ele, com muita paciência, que não era bem assim e que todos podem participar da Pastoral.
No dia 11/10/02, levei Clara no aeroporto para ir à Porto Alegre.

12/10/02: Flaviano veio ensaiar, às 16:30h. Fomos ensaiar com as crianças e com o pessoal da 1a Eucaristia, na igreja. Depois fui ensaiar com os CANTORES DE DEUS, na Casa de Formação.


13/10/02: Fui cantar no CANAL 5. Às 9:00h, vieram Alex e Flaviano. Às 10:00h, chegou a Ana Rose. Ensaiamos até às 11:00h, quando fui almoçar.


No dia 13/10/02, jantamos às 17:00h: Chiquita, Maria, Valentim e eu. Veio o Flaviano e fomos para a igreja tocar com os PEREGRINOS DE JESUS. O Valentim também foi. Na igreja, dei uma foto do João Lopes ao Lula. A filha da Lúcia (da Comunidade S. Domingos) ficou junto do órgão, durante a missa. Várias pessoas viram o Flaviano tocando e ficaram admiradas.
No dia 15/10/02, quando Valentim foi comprar pão, a galinha de Angola da vizinha apareceu no nosso quintal e os cachorros quase pegam, pois está de asa cortada. A vizinha apareceu e disse: “Vá dá parte!” Eu respondi: “Claro que vou dar parte”. No dia seguinte, 16/10/02, fui no Juizado Especial e fiz a queixa das galinhas da vizinha. Em seguida fui na Câmara, mas às 10:15h, a Sessão 

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já havia terminado. Falei com o Judson, com o Beltrão e com o Pedro Alves. O Beltrão disse que ocupou a tribuna para falar sobre a Rua Triunfo, das benfeitorias que temos feito, e do fato dessa rua não ser reconhecida pela Prefeitura. Depois das 12:00h, o vereador Thomás Beltrão foi comigo no 2o andar do prédio dos gabinetes dos vereadores e pediu ajuda no Setor de Logradouros para oficializar a rua Triunfo.
No dia 19/10/02 (Sábado), às 14:00h, fui com Flaviano, que almoçou na casa 120, para uma caminhada na Rua Triunfo. Nos acompanhou também o Genivaldo (tirei 2 fotos). Em seguida, fomos para o Conselho da Comunidade, onde o assunto do Centro Comunitário S. Antônio (Processo 1106) foi transferido para outro local. Não consta nas anotações, mas provavelmente o Cidão estava nessa reunião do Conselho. Lembro-me que o Cidão, vez por outra, se referia ao Pe. Bonifácio pelo cognome de Boni, porque sabia que todos achavam graça. Lembro-me também que uma vez o Cidão chegou a ficar na mesa presidindo a reunião do Conselho. Ele sabia bastante sobre a instalação de som na igreja e isso estava sendo necessário na Comunidade.


         20/10/02: Flaviano chegou às 9:00h, e acompanhou-nos até à reunião da PASTORAL POLÍTICA, de onde voltamos, e almoçamos às 13:00h, na casa 120.

            Cantei na missa de despedida do Pe. Bonifácio, com os CANTORES DE DEUS.


Fig. 15 – 20/10/02 – Reunião da Pastoral Política.



No dia 23/10/02 (Quarta-feira), fui na Câmara e o Beltrão se desculpou dizendo que está na Campanha do Lula, e que o Gino está cuidando do assunto da Rua Triunfo. À noite, Flaviano veio tomar café e ensaiar. Fui buscar Clara no aeroporto.

No dia 25/10/02 (Sexta-feira), Fomos à reunião no Centro Comunitário, onde planejamos os detalhes da Celebração da Palavra na Rua Triunfo. Estavam presentes: Luzia, Arlete, Flaviano, Giovani, Lurdes e Quitéria.
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 26/10/02: Fui tirar 200 cópias para divulgar a celebração do dia 31/10/02, que será em frente à casa 120. Flaviano veio almoçar conosco. Às 17:30h, fomos ensaiar com os PEREGRINOS DE JESUS, e às 19:30h, com os CANTORES DE DEUS. A Elaine entrou no grupo, hoje.
  
Essa celebração do dia 31/10/02 foi decidida numa reunião do Conselho Comunitário, onde houve necessidade de se decidir o que fazer para justificar a participação da Comunidade com relação à 2a Dimensão da Fé, ou seja, a Missionária. Como até àquela data nada tinha sido feito, pensou-se em não permitir a passagem do mês de outubro sem um sinal de alguma atividade comunitária nesse sentido. Surgiu a idéia de uma missa especial para preencher esse objetivo. Mas, aonde? Para se conseguir essa resposta, colocou-se o assunto em discussão, resultando em minutos de conversação entre os presentes. Alguém sugeriu que fosse na área próxima ao CANAL 5 por ser carente de participações na vida religiosa e não possuir ainda um núcleo comunitário. Ouvindo tudo isso, e vendo que o local do Poço clandestino da CASAL tinha as mesmas características, ousei pronunciar o nome da Comunidade Triunfo como candidata. Resta dizer que a indicação de um local para realização da cerimônia não envolvia vantagens e sim, trabalho e preocupações, por isso não insisti muito e esperava que, devido à generalizada antipatia à minha pessoa, nem se cogitasse uma celebração num local indicado por mim. A coisa foi se afunilando e o local da Triunfo foi cada vez mais se tornando irreversível. Alguém disse: “Não tem ninguém para assumir na área do CANAL 5 e na Triunfo tem o Francisco que está aqui e pode assumir”. A partir daí, marcou-se a reunião do dia 25/10/02, no Centro Comunitário. Nessa reunião, chegou-se à conclusão de que não seria uma missa, pois não havia padres disponíveis. Então resolveu-se que seria uma celebração de leigos. Eu já tinha em mente que a celebração seria dentro do nosso terreno, onde fica a casa 120, pois seria muito perigoso e por demais incerto o local por mim sugerido, a não ser que outras pessoas tivessem a incumbência de fazê-lo. Porém ninguém contestou, até porque o nosso imóvel também tem frente para a rua Triunfo.
 Já que seria uma celebração, havia a necessidade de se conseguir um Ministro da Eucaristia para presidir a celebração. Eu me esforcei ao extremo para que fosse o Sr. Antônio, da Capela S. Antônio. Isso porque eu já o conhecia das cerimônias da Capela e tinha certeza de que ele não falharia, até pela simpatia que ele nutria por mim. Mas não houve aceitação entre os presentes. Eu não entendi porque, mas foi sugerido o nome do Ministro da igreja de S. Antônio, o Jerônimo. Achei que também seria a minha salvação, uma vez que os presentes não sabiam que o Jerônimo era do tempo da minha infância, quando eu já o admirava muito. Ele era o acólito da Capela de S. Antônio, quando os padres de Jaraguá celebravam a missa em latim. Seu pai, Sr. Juvenal, estava sempre pronto para substituir o filho nessa atividade, e foi uma das testemunhas de meu pai na ação de Usucapião que produziu os documentos de nossa propriedade. O Sr. Juvenal contava com o braço forte de sua esposa, D. Lurdes, mulher austera e precisa em todos os cuidados do altar, sempre presente em todas as missas. Sua filha, Carmelita, ficava ao seu lado, assim como os outros irmãos do Jerônimo. D. Lurdes cuidava dos panos do altar, das flores, do atendimento ao sacerdote, e era vista por todos. Sr. Juvenal soltava os foguetes, nas festas, e tocava o sino, além de ser o disciplinador em volta do prédio da Capela de S. Antônio. Eles nos tratavam, a mim e a minha irmã, com muito carinho. Meu pai estava sempre por perto e minha mãe era solidária em tudo, sobretudo em se tratando das rosas, lírios e dálias de seu jardim. Meu pai abrigava os frades e freiras das Santas Missões na nossa casa da Rua das Jardineiras. E isso era mais um motivo para o Sr. Juvenal nos visitar.
Agora, voltando à reunião do Centro Comunitário, achei que eu poderia tentar convencer o Jerônimo a ser o celebrante argumentando que ele residia próximo à minha casa, mas omiti toda a 

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admiração que já tinha por ele. Porém, D. Luzia não abriu mão de ser ela quem falaria com o Jerônimo. Aceitei, mas não sem colocar uma condição: a de que ela o fizesse o mais breve possível, não ultrapassando o dia seguinte. Ela concordou. A minha preocupação era grande, por vários motivos: desde o fato de nós nunca termos sido os patrocinadores de uma celebração dessas, como também do prazo exíguo, caso não se conseguisse logo um ministro. Pensei também que um Ministro, ao ser avisado de última hora, poderia se sentir temeroso de dar uma resposta sem poder refletir sobre as conseqüências. Acrescente-se mais um agravante: o Cidão indagou se a celebração seria na rua ou dentro do terreno, e eu respondi. Então ele concluiu que não poderia ser interna porque era uma celebração da Comunidade. Então ficou decidido que seria na rua. No domingo, 27/10/02, queria distribuir os panfletos de propaganda na missa da igreja de N. S. das Dores, e assim o fiz. Mas antes de sair, telefonei para D. Luzia para saber da resposta do Jerônimo. Ela respondeu que o Jerônimo ainda não tinha passado por ali, e eu retruquei: “A senhora vai esperar que o Jerônimo passe por aí para falar com ele?” O que era tão vital para mim parecia não ter importância para os outros. Após a missa, na igreja de N. S. das Dores, falei com o Pe. Manoel José e este consultou a sua agenda de bolso, e respondeu: “Francisco, se eu não tivesse um compromisso iria com certeza celebrar esta missa, ... se tivesse me avisado antes!” Fiquei incrédulo ao ouvir isso. Como faltava administração na nossa Comunidade! – Pensei. Ao voltar, de moto, não custava parar na calçada da loja de D. Luzia e desabafar, contando-lhe o ocorrido. Da mesma forma que foi difícil de falar ao telefone, chamei incessantemente e buzinei, pois a conversa seria rápida. Quando ela veio, já estava irritada, e eu fui embora. Procurei o Jerônimo e ele prontamente aceitou. Posteriormente, o Jerônimo nos contou que várias pessoas perguntaram quando ia ter outra celebração, pois gostaram muito. Na Comunidade, ninguém mais esboçou qualquer comentário sobre o sucesso desse evento. Permaneceu a costumeira Lei do Silêncio.


 29/10/02: Flaviano veio jantar, caminhamos na Rua Triunfo e fomos para a reunião do Centro Comunitário, onde o Cidão, a Arlete, a Marinan, o Fernando e o Pe. Hesíodo, se mostraram indiferentes ao fato do prof. Valdir ter dado entrada num Processo contra o Poço da CASAL (Processo 1106). Flaviano e Valentim ouviram a discussão, do lado de fora!

  
Esta reunião, do dia 29/10/02, foi marcada por se achar que o Centro Comunitário não pertencia à Paróquia, e portanto, não se devia imiscuir como assunto para o Conselho da Comunidade. Isso possibilitou que as discussões não fossem ouvidas por muitas pessoas. Contudo, a falta de quórum era gritante nas reuniões do Conselho, inclusive quando este assunto estava na pauta, a ponto do Pe. Bonifácio se irritar e afirmar que ia extinguir os grupos que não compareciam, e assim obter quórum. Isso foi repetido, por ele, em uma das missas dominicais.


 31/10/02: Clara foi ao banco para depositar o cheque de D. Fernando e comprar lâmpadas para a celebração. No final da tarde, o Jorge ajudou a colocar as lâmpadas no muro. Reginaldo chegou com a  família e ficou até o fim da celebração. Foi muito bonita a celebração. Vieram os PEREGRINOS DE JESUS e o Jerônimo presidiu a celebração, com Arlete e Clara. Vieram várias pessoas da Rua Triunfo, entre elas o Benício, o Deda, o Darcy e o Ié-ié. João e Genoveva também vieram.
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 Os riscos, a ansiedade e os aborrecimentos enfrentados foram amplamente compensados pelas emoções agradáveis vividas durante e após essa cerimônia, e pela experiência adquirida.


 01/11/02: Na hora do jantar, vieram Flaviano, Anniele e Ariany. Cancelamos a aula da Ariany porque tínhamos ensaio com os CANTORES DE DEUS. Lá, o Cidão avisou que tinha um assunto muito sério a tratar. Então a Luzia contou uma longa estória em que eu a tinha agredido verbalmente ao telefone e na porta da casa dela. Clara desmentiu uma das queixas, porque ela estava junto de mim ao telefone, no domingo.

  
Fiquei muito nervoso, e durante cerca de 30min ouvi a D. Luzia me chamar de cínico, metido e canalha, aos gritos. Senti que havia pessoas sentadas, em silêncio, assistindo ao espetáculo, entre elas o Medeiros, filho de D. Luzia. A medida que a narração evoluía, a Loreane segurava o braço de D. Luzia, consternada, como um médico que estivesse assistindo um enfermo nos momentos finais. O Cidão assistia a tudo, em silêncio, presidindo a reunião. Uma ou duas senhoras do grupo pediu que aquilo fosse amenizado e tudo voltasse ao normal. Eu ainda pude dizer que ser chamado de metido era um elogio, mas de cínico não condizia com o meu comportamento.
Aliás, eu me metia em tudo, desde a ir ao Conselho Paroquial sem ser representante, até ao dia em que contribuímos para a compra da caixa amplificadora do grupo CANTORES DE DEUS. O Cidão disse que tinha uma caixa por certo valor, e eu pesquisei a mesma caixa no comércio. Na próxima oportunidade eu disse que havia achado a mesma caixa por um preço muito menor. O Cidão gostou da pesquisa e foi averiguar. No próximo ensaio, houve um final feliz, pois o Cidão, sorridente, informou que já havia adquirido a caixa, uma vez que a loja onde ele ia comprar abaixou o preço ao nível do que eu tinha pesquisado.
As outras pessoas do grupo, nesse fatídico 01/11/02, ficaram impassíveis. Houve comentários de que uma pessoa do grupo, de grande credibilidade, que era psicóloga, tinha diagnosticado que eu era psicopata, uma vez que ofendia as pessoas e no outro dia estava sorrindo.
Finalmente, o Cidão se dirigiu a mim e disse cortesmente: “O pessoal aqui precisa ensaiar e eu pediria que você se retirasse”. Clara também se retirou. Fomos definitivamente expulsos do grupo CANTORES DE DEUS.
Achei que tanta coisa fosse ter uma repercussão enorme na paróquia e para meu espanto foi como se nada tivesse acontecido, mesmo quando eu tentei contar isso a várias pessoas.

No dia 07/11/02, recebi a cópia do Ofício do Secretário da SMCCU ao Superintendente da SOMURB, requisitando o Processo 1106. Ensaiamos com o Flaviano usando o TRANSPOSE do novo teclado, adquirido ontem e que custou R$ 590,00, sendo que a fonte custou R$ 27,00.
No dia 16/11/02, o Deda reclamou que abriram o portão dele, tiraram a calça dele e a deixaram na cocheira. A esposa do Sr. José Domingos também confirmou os roubos nas casas vizinhas. Caminhei em toda extensão da Rua Triunfo, com Ednaldo e Valentim, distribuindo todos os papéis fornecidos pelo Gabinete do vereador Thomás Beltrão sobre o projeto da rua Triunfo. Encontrei um senhor chamado Moacir, que reside ali desde 1961. Fui à reunião do Conselho da Comunidade S. Antônio e discuti o assunto da CASAL com o prof. Valdir. O padre faltou à missa da Capela S. Antônio, mas nós tocamos e cantamos com o grupo PEREGRINOS DE JESUS.

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 12/01/03: Fomos à missa no CANAL 5 e fizemos leituras. Depois da ceia, fiquei sentado, com Chiquita, na calçada da rua. Enquanto isso, Clara foi na missa da igreja de S. Antônio. Quando ela voltou, contou que a Loreane e o Cidão se retiraram no meio da Celebração, que foi dirigida pelo Pe. Amaro, do Feitosa. Posteriormente, soubemos que o marido da Loreane esteve na igreja (armado) e estava disposto a fazer um escândalo.

  
No dia 13/01/03, fomos ensaiar com os PEREGRINOS DE JESUS e levamos Daniele, Larissa e Loyane no nosso Forscher. A Eli Daiane contou as estórias do ocorrido ontem na igreja.
No dia 19/01/03, fomos no CANAL 5 e eu fiz a leitura do Salmo pela 6a vez. Flaviano também foi. Flaviano voltou, às 16:30h, e ensaiamos. À noite, tocamos e cantamos com os PEREGRINOS DE JESUS na missa das 19:30h. O Padre cortou 2 cantos e colocou um disco, antes da missa, que não permitiu o nosso aquecimento, ensaiando com o povo. Depois, Vera, Leandra e algumas crianças vieram conversar na casa 120.
No dia 24/01/03, encontramos as seguintes anotações: Não chove desde ontem e durante todo o dia de hoje. Aproveitamos para concluir a concretagem da laje. Valentim e Robson mexeram e transportaram o concreto para Clara fazer a colocação. Eu fiz a fôrma interna das vigas que circundam o rebaixo dos banheiros. Ariany e Flaviano vieram, à tarde, para ver a conclusão da concretagem. Agüei as plantas. No final da tarde, fomos até o campo, com o Apolo na coleira, e acompanhados do Flaviano e Ariany. Vimos os alicerces da casa que está sendo feita na rua das Jardineiras, no terreno da Rita. Já tem tijolos e muita gente trabalhando. Depois do jantar, ensaiei o Santo com o Flaviano e fomos, com os dois, no Unicompras e Horti-Frutti do Farol. Durante a caminhada, de tarde, vimos também vidros, pneus, e outros detritos jogados nos lugares onde já tínhamos limpado.


 09/02/03: Acordei às 4:00h. Fomos no CANAL 5. Ao chegar lá, às 5:00h, os CANTORES DE DEUS estavam chegando e o Mons. Celso Alípio já estava paramentado. Fiz a leitura do Salmo, pela 8a vez, e Clara fez a 1a leitura. A luz faltou na hora da homilia e não voltou mais.


 Como se pode depreender, nossas atividades com relação à Igreja continuaram, e nossas atribulações com relação à herança que recebemos de minha mãe também continuaram. Mas o Cidão continua presente, pois o leitor pode deduzir que continuamos a freqüentar as missas do CANAL 5, onde o grupo dele cantava mensalmente e onde nós já estávamos também convidados para cantar no próximo dia 02/03/03.
No dia 16/02/03, houve o último Conselho da Comunidade. Cidão não participou. Por uma votação conturbada de 31 a 14, os presentes decidiram que o padre escolheria um grupo de 20 pessoas para administrar a Comunidade. Eu não pude contrapor porque as inscrições foram encerradas.
No dia 20/02/03, Leandra foi escolhida para a Coordenação do Pe. Hesíodo.
No dia 22/02/03, escrevi o texto “IMPLOSÃO DA DEMOCRACIA NA COMUNIDADE S. ANTÔNIO”. Clara foi ensaiar com as crianças, às 17:00h. Eu fiquei, em casa, trabalhando até às 18:00h. Quando Clara voltou, veio acompanhada do Flaviano. Ela disse que acharam um horror o meu texto e que o Pe. Hesíodo ficou decepcionado.

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 13/04/03: Flaviano chegou cedo e fomos à missa no CANAL 5. Eu fiz a leitura do Salmo e Clara a 2a leitura. Todas as mulheres do grupo CANTORES DE DEUS me cumprimentaram.

 No dia 20/07/03, fui ao CANAL 5 com o Flaviano. Fiz a 1a leitura. Clara não foi ao CANAL 5 porque foi para o ponto do ônibus levar as crianças para o Parque S. Jorge. Eu fui direto para lá, com o Forsher e os equipamentos. Cantamos com o apoio do Manoel Messias e do Pe. Tiago, de Cruz das Almas. Não pude ir à reunião da PASTORAL POLÍTICA. Soube, depois, que foi na Casa Azul. Nesse dia, ainda cantamos com os PEREGRINOS DE JESUS na missa das 19:00h, na igreja de S. Antônio. Distribuí convites para o II Encontro de Formação Política, com o Valdir, na porta da igreja.
No dia 02/08/03 (Sábado), fomos para a reunião do Conselho Paroquial, na Comunidade Braços Abertos, Clara, Flaviano e eu. Nessa ocasião, o Pe. Manoel José nos comunicou que o Pe. Geraldo Vilasboas gostaria que as crianças cantassem na igreja de S. Rita, no Farol. Soubemos também que a PASTORAL POLÍTICA vai assessorar o Encontro das CEBs, na Grota do Cigano, no dia 10/08/03.


 10/08/03: Acordamos às 5:20h e nos preparamos para ir ao CANAL 5. Flaviano também chegou. Ele fez a leitura do Salmo pela 1a vez e foi bem sucedido. Os CANTORES DE DEUS estavam lá. Chegamos, às 8:20h, na Grota do Cigano. O prof. Valdir, Antônio e Josias já estavam lá. Depois, chegaram a Fátima Rosário e o Ailton. O prof. Valdir fez a 1a explanação, e eu a 2a . O Pe. Manoel chegou, falou, e saiu. Eu soube, apenas hoje, que o Pe. Manoel José dos Santos é o responsável pelo Ecumenismo no âmbito da Arquidiocese.
  

No dia 14/08/03, não veio ninguém jantar. Depois do jantar, vieram Edvaldo, Ariany e Flaviano. Leandra também veio. Ela deu uma sugestão e nós mudamos algumas notas no refrão do hino de N. S. das Dores. Ela gostou da capa que Clara fez para a apostila dela, com 3 fotos.


 14/09/03: Fiz a leitura do Salmo, no CANAL 5, e Clara a 1a leitura. O Cidão veio falar comigo dizendo que pretende ir à reunião da PASTORAL POLÍTICA, no próximo domingo. Dei 3 cópias do meu texto a ele. O prof. Guedes garantiu o 12/10/03 para a gente cantar no CANAL 5. Depois, fomos ao encerramento do curso de liturgia, no Colégio SS. Sacramento, e conhecemos a Verônica, que fez o hino de N. S. das Dores.

  

No dia 16/09/03, Flaviano e Edvaldo jantaram conosco, para podermos ir juntos para a reunião das Missões, no Centro Comunitário. Distribuí o texto que escrevi, sobre as missões, inclusive com as irmãs que chegaram. A reunião ocorreu normalmente, com a presença do Pe. Manoel José dos Santos e cerca de 32 pessoas, entre elas: Prof. Valdir, Mara Salgueiro, D. Lau, Cícero, Valdirene, Flaviano, Edvaldo, D. Helena e Sebastiana, a mãe do prof. Valdir, uma freira canadense, Valquíria, Josefa etc. A irmã Carmen falou energicamente, expressando sua decepção com o meu texto. Uma parenta da Ir. Carmen chegou a dizer que aquilo deveria ser queimado, rasgando o texto e jogando-o ao chão, no final da reunião.
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 24/09/03: Fui no auditório da reitoria da UFAL e assisti à palestra do prof. Roberto Leher. Fiz uma intervenção citando as Diretrizes da Evangelização. Ele respondeu dizendo que não veio falar de religiosidade e me identificou como colega da UFRJ. Fui na sede do PT e providenciei as nossas desfiliações. Coloquei gasolina no Forsher e fui jantar na casa 120. Depois, saí com Flaviano e fomos à reunião de Fé e Cidadania, na paróquia de N. S. da Conceição, no Clima Bom I, convidado pelo Cidão. O Cidão estava lá, e mostrou a rua onde mora, que é quase em frente à igreja onde houve a reunião. Deixei um volume com os textos na mão do Rafael. As outras pessoas foram: Stella, Mônica e a Ir. Elza. Clara foi na reunião de liturgia e continua a confusão entre a Vera, o Jackson, a Eli Daiane e o Pe. Hesíodo.

 No dia 05/10/03 (Domingo), fiz a leitura do Salmo e Clara a 1a leitura, no CANAL 5. Antes, o Sr. Paulo nos mencionou por ter sido o dia de S. Francisco de Assis, ontem. Ariany e Jisleyane vieram, à tardinha. À noite, fui à reunião para formação da chapa para disputar a Prefeitura Comunitária do Jacintinho, no Centro Social D. Adelmo, e Clara foi na missa da igreja de S. Antônio. O Pe. Manoel José não permitiu que se aprofundasse o debate devido à exigüidade de tempo.
No dia 02/11/03, fomos cantar com as crianças, no CANAL 5. De volta, Robson e Flaviano tomaram café com a gente. Viajamos para o Rio de Janeiro.
No dia 06/12/03, chegamos do Rio de Janeiro e telefonamos para o Flaviano. No dia seguinte, um domingo, acordamos cedo e fomos à missa no CANAL 5. Eu fiz a leitura do Salmo e Clara a 2a leitura. Flaviano e Edvaldo foram conosco ao concerto no Instituto Histórico de Alagoas. Fomos à missa das 19:30h, na igreja de S. Antônio, e recebemos muitos abraços das crianças.
No dia 31/12/03, fiquei na casa 120 digitando os textos sobre os PEREGRINOS DE JESUS e sobre o Doc. 71 da CNBB. Clara foi à missa na igreja de S. Antônio. Ao falar com o Pe. Hesíodo sobre o pedido para uma reunião, ele se limitou a sorrir.
No dia 01/01/04, Clara dormiu na casa 120, quando chegou da missa das 22:00h, porque a Chiquita está se levantando constantemente durante a noite. Eu dormi desde as 21:00h de ontem. Clara disse que alguns componentes do grupo PEREGRINOS DE JESUS vieram me desejar Feliz Ano Novo, mas eu estava dormindo. Fiz uma seleção dos livros doados pelo Luiz Casado de Lima (235 livros). Às 15:00h, chegou Jisleyane e ensaiou o “Pai Nosso”. Os cachorros continuam saindo pela casa da vizinha.
Até o dia 28/08/04, não constam mais menções ao Cidão. Apenas, nesse dia, há o registro de que jantamos e fomos para a reunião de Liturgia. Então o Evelton veio trazer o recado de que o “Conselho” não podia ser inchado e que os grupos de canto só podiam ter um representante. Portanto, com o fim das citações sobre o Cidão no Conselho, surge o Evelton cumprindo esse papel. O “Conselho”, entre aspas, é para indicar que não é realmente um Conselho nos moldes tradicionais, mas com componentes colocados ao sabor do subjetivismo do padre.


 30/08/05: Fomos para a igreja com os instrumentos e os aparelhos de som. Clara comandou a música junto com o maestro Ronilson. O Bispo sagrou a paróquia e nomeou o primeiro pároco, Pe. Manoel Barbosa Araújo.

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Como se pode ver nas anotações, o Cidão não é mencionado na data de 30/08/05, porém o DVD, que acompanha esse texto mostra um dos momentos mais eloqüentes do nosso convívio com o Cidão, que é exatamente nesse dia em que ele toca conosco na cerimônia de sagração da Paróquia Imaculada Conceição do Jacintinho. Também não consta nas anotações, mas lembro-me que uma das últimas vezes que estive com o Cidão, que foi nessa mesma igreja, eu o cumprimentei, estendendo-lhe a mão. Ele retribuiu com um aperto de mão significativo, olhando-me de frente e pronunciando o meu nome, demonstrando grande respeito e admiração. Eu fiquei também admirado, mas olhar de frente para o interlocutor, dizer as coisas com naturalidade e brandura, quando não utilizando o lado humorístico, foi sempre a característica do Cidão. Isso também pode ser comprovado no DVD, que foi enriquecido com uma fotografia do Cidão ainda adolescente (Fig. 14) e vários clipes do I Encontro do JUBAC, grupo de jovens que teve uma enorme significação na vida do Cidão (Ver Bibliografia 4).
No dia 16/10/05, cantamos com o grupo PEREGRINOS DE JESUS na Paróquia Imaculada Conceição do Jacintinho, cujo celebrante foi o Pe. Hesíodo. Ele citou D. Hélder e nós anotamos: “Me chamam de santo quando eu digo que dêem pão aos pobres, mas de comunista quando eu pergunto porque os pobres não têm pão”.
Esta constatação de D. Hélder também se aplica a este trabalho, pois o texto serve também para um aprofundamento das causas sociais e políticas que podem ter influenciado o desenlace de tantas vidas, e que, se não pesquisadas adequadamente, virão a ser novamente encenadas, como novidades, eternamente.
Esperamos podermos participar de uma roda viva de debates em torno dessas questões, colocando os resultados positivos como conteúdo desse DVD.

Fig. 14 – Cidão e Luiz ainda adolescentes.





Maceió, 01/05/07

João Galilei

Bibliografia

1 – Cidão no diário do João – www.repolitica.blogspot.com, na postagem de abril de 2008.
2 – Exposição de Motivos 06 – Adeilda da Silva Nogueira – www.repolitica.blogspot.com, na postagem de julho de 2013.
3 – Rua Triunfo – www.repolitica.blogspot.com, na postagem de janeiro de 2014.
4 – Youtube – Francisco Peixoto/Videos Antigos,playlist,(Cidão)





MEMORIAL DE EPHIGÊNIO PEIXOTO – www.repolitica.blogspot.com