REDE DE CIDADANIA ALAGOANA (RCA)

O que é? É um conjunto de cidadãos que se comunicam entre si com o objetivo de fazer as instituições democráticas se tornarem funcionais e transparentes, sem que haja entre eles qualquer hierarquia ou contribuição obrigatória para a rede.

Como funciona? A democracia é regida por 3 poderes. Este trabalho funciona através da fiscalização do poder legislativo, ou mais especificamente, através da fiscalização da Câmara de Vereadores. A partir de 2 ou mais cidadãos, forma-se um grupo que começa a freqüentar as reuniões da Câmara de sua cidade. Esse acompanhamento dos trabalhos da Câmara enseja o conhecimento de cada vereador, de seus assessores e dos funcionários da Câmara. Esse é um objetivo estratégico, que quer dizer; centrando-se neste ponto atingem-se inúmeros outros. É preciso irradiar essa atividade para alguns municípios próximos, para então promover os encontros regionais e a troca de experiências. Quando isso ocorre, diz-se que se iniciou o movimento de Repolítica naquele Estado.

Qual a origem do movimento de Repolítica? A idéia inicial foi de um cidadão da cidade de São Carlos-SP, chamado Francisco Whitaker, que se elegeu vereador em São Paulo-SP por duas vezes. Juntando sua experiência parlamentar, com de funcionário público (arquiteto), professor no exílio, membro da Igreja Católica e Secretário Executivo da CNBB para assuntos de Justiça e Paz, escreveu vários livros sobre o assunto e incentivou essa atividade em vários estados do Brasil, notadamente no Estado do Rio de Janeiro onde se formou a Rede Sul-Fluminense com a participação de cerca de 15 municípios. As reuniões nacionais tiveram sede na cidade de São Paulo com a participação do próprio Francisco Whitaker. Na internet temos o site: www.repolitica.ong.org

Como iniciar em Alagoas? Embora o movimento seja apartidário e sem vinculação religiosa, a nossa experiência, que é a do Rio de Janeiro, mostrou a construção da Rede através da Diocese de Volta Redonda-RJ. Há o caso de Teresópolis-RJ, que teve um rápido impulso apoiado pelo Sindicato dos Bancários, que se auto denominou de Sindicato-Cidadão. Porém o movimento retrocedeu naquele município, sem que fossem conhecidos os motivos. Assim, como membros da Igreja Católica, acreditamos que um procedimento semelhante ao adotado pela Diocese de Volta Redonda-RJ, venha a trazer um enorme benefício para o nosso Estado.

Como as dioceses podem contribuir?

1) Com a divulgação - Utilizando os meios de comunicação habituais: jornais diocesanos, espaços nos meios de comunicação, avisos nas missas, cartazes afixados nas igrejas etc.

Isso não significará uma adesão em massa a essa luta, mas uma possibilidade de se descobrir uma pequena equipe em alguns municípios.

2) Descobertas as equipes, as reuniões poderão ser inicialmente realizadas em salões paroquiais, e com suas infra-estruturas.

3) A igreja, apoiada na encíclica Chistifideles Laici e na 6^a Dimensão da Fé (a sócio-transformadora) pode criar a sua Pastoral Política em caráter permanente, sem prejuízo da participação de outras igrejas ou outros segmentos da sociedade no movimento, que tem o sentido do bem comum.

E em Maceió? Podemos dizer que você está recebendo este comunicado graças a um integrante do Movimento de Repolítica. Cada integrante, na medida de suas possibilidades, imprime e distribui panfletos, e ocupa espaços onde é possível a divulgação do Movimento. No nosso caso, consideramos como parte do dízimo para com a nossa Igreja. Chegamos em Maceió em dezembro de 2000, vindos do Rio de Janeiro. Já comparecemos a diversas sessões ordinárias e públicas da Câmara de Vereadores de Maceió. Estivemos na posse dos vereadores, que ocorreu no Teatro Deodoro. Procuramos o Pe. Manoel Henrique, que é o responsável por Fé e Política na Arquidiocese de Maceió. Convidamos vários vereadores eleitos para um debate sobre uma fita de vídeo intitulada “Cidadania Ativa”, da editora Paulinas, que ocorreu na igreja de Santa Terezinha, no dia 28/01/2001. Pretendemos solicitar cópias das atas das Sessões da Câmara, principalmente as correspondentes às Sessões Públicas em que fizemos uso da palavra.

Recomendamos, portanto, procurar o Pe. Manoel Henrique, na Paróquia de São Pedro Apóstolo, Ponta Verde (Tel.: 3231-7044), para agendarmos uma primeira reunião.