A palavra repolitica está associada á idéia de se refazer, ou seja, começar tudo de uma outra forma. No caso da politica, o autor da idéia, Francisco Withaker, propõe que os eleitores fiscalizem a Câmara.

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Francisco José Lins Peixoto Contatos: (82)3356-1509 Sugestões: franjolipeixoto@hotmail.com Organizei e toquei violão em um grupo de crianças da igreja católica, juntamente com minha esposa, Clara Maria Dick Peixoto. Ela cantou no grupo e era membro de um grupo de liturgia da Arquidiocese de Maceió. Leio, escrevo e falo inglês, e alemão.

domingo, 11 de fevereiro de 2007

ELEIÇÕES E VERGONHA

ELEIÇÕES E VERGONHA

(Comunidade S. Antônio da Paróquia de N. S. das Dores, Jacintinho, Maceió-AL)

Maceió, 01 de novembro de 2004

Francisco José Lins Peixoto

Esse texto do Cônego Henrique Soares (ver a próxima página) tem 95,63% de seu conteúdo como DENÚNCIA. Ora, a denúncia é importante porque ela testemunha uma opção diferente para aquilo que está sendo denunciado e retrata um desejo de mudança. Ela também serve para nos tirar de cima do muro, preenchendo a condição de que não se deve somente praticar o bem, mas também lutar contra o mal.

Portanto, a denúncia sempre deve existir, e se possível, caminhando juntamente com outras providências. O restante do conteúdo desse texto, ou seja, 4,37%, é dedicado a propor uma alternativa, sintetizada em dois parágrafos:

“A democracia é uma casa construída em mutirão. Vamos erguê-la todos nós, cada um fazendo a sua parte”.

1) A formação de pequenos grupos é o início da caminhada. Esse grupo inicial pode ser o mínimo de duas pessoas: marido e mulher, dois vizinhos, dois companheiros de profissão, dois colegas de escola etc. O importante é cada grupo estar atento para incorporar mais pessoas, e sobretudo encontrar-se com os outros grupos numa verdadeira troca de experiências.

2) Qual o tecido que vai unir e sustentar esses grupos e suas assembléias? Vamos primeiro entender que nada se faz sem um estudo e um treinamento. A reflexão irá proporcionar um conteúdo, conforme podemos sugerir, exemplificando com alguns pontos:

2.1) Em primeiro lugar devemos mudar a nossa crença de que a sociedade será transformada com as promessas de construção de casas, de mais hospitais, mais escolas, mais transporte, mais alimentos, mais empregos, mais água etc. Ao contrário, devemos nos apurar em imaginar como desejamos a paisagem futura de nossa cidade, e por extensão, do nosso Estado. Diante dessa expectativa, iremos calcular o número de residências, a distância ideal entre elas, o espaço de reservas ambientais necessário a proporcionar esse conforto, a quantidade de água potável fornecida naturalmente, a área destinada às lavouras etc. Após esse cálculo, poderemos chegar ao número ideal de habitantes que possa usufruir dessa dádiva da natureza. A partir desse resultado, todos saberão se o número atual desses habitantes está próximo ou distante do número ideal.

2.2) Embora o item 2.1 pareça apenas existir no plano do imaginário, é necessário que esse quadro permeie as mentes, pois as conseqüências serão notáveis, pois já existirá um objetivo concreto a se atingir.

3) A forma de atingir esse objetivo será através da atividade solidária dos que entendem o mundo dessa forma, portanto haverá um conjunto de pessoas responsáveis e criativas, que não se intimidará frente às pessoas que esperam que as coisas aconteçam pela ação dos inescrupulosos.

4) Mesmo que o número atual de habitantes esteja abaixo do ideal, devemos entender que a forma como nós estamos nos organizando, no momento, não levará a um bom resultado futuro. Assim passaremos a assumir esse controle, começando com pequenas modificações, como por exemplo:

4.1) Formar um pequeno grupo que proponha um estudo sistemático, como uma “ESCOLA DAS 6 DIMENSÕES DA FÉ”.

4.2) Formar um pequeno grupo para exigir que a prefeitura numere as casas, em cada rua, segundo a ordem crescente dos números, tendo os ímpares de um lado e os pares do outro lado da rua, ao invés de ficar esperando pela iniciativa do prefeito.

4.3) Formar um pequeno grupo e propor que a prefeitura envie uma correspondência a cada imóvel que tenha a sua calçada irregular ou obstruindo a passagem de pedestres, dando um prazo para a regularização.

4.4) Formar um pequeno grupo para se preparar e fazer o acompanhamento da Câmara Municipal, dialogando com os vereadores e com os funcionários, além de se encontrar com outros grupos que façam um trabalho semelhante. Nesse ponto vai a denúncia do Cônego Henrique Soares, utilizando 1,77% do conteúdo do seu texto e denunciando que a Igreja é omissa, pois a capilaridade de que ele fala serviria para esse propósito. O propósito a que nos referimos é unir leigos de paróquias diversas para um encontro sobre esses temas. Resta saber se a Igreja escrita com letra maiúscula pelo Cônego Henrique Soares refere-se apenas ao poder clerical, ou trata de todos nós que freqüentamos as paróquias, ou ainda se é o conjunto daqueles que satisfazem a condição imposta por Cristo, ou seja, “ minha Igreja são aqueles que ouvem a minha palavra e a põem em prática”. Posso dizer que as recomendações de João Paulo II são de que o clero não deve se envolver com essa matéria, e sim, os leigos (ver a CHRISTIFIDELES LAICI). Da parte dos leigos não há essa omissão de que fala o texto, pois o que falta é o poder clerical se capacitar para apoiar os leigos que se propõem a organizar esse tipo de trabalho.

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