A palavra repolitica está associada á idéia de se refazer, ou seja, começar tudo de uma outra forma. No caso da politica, o autor da idéia, Francisco Withaker, propõe que os eleitores fiscalizem a Câmara.

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Francisco José Lins Peixoto Contatos: (82)3356-1509 Sugestões: franjolipeixoto@hotmail.com Organizei e toquei violão em um grupo de crianças da igreja católica, juntamente com minha esposa, Clara Maria Dick Peixoto. Ela cantou no grupo e era membro de um grupo de liturgia da Arquidiocese de Maceió. Leio, escrevo e falo inglês, e alemão.

domingo, 11 de fevereiro de 2007

O CRISTÃO E A POLÍTICA (2a Parte)


Concluímos a primeira parte do texto sobre a fita de vídeo da editora Paulinas, com a frase do Chico Whitaker: “Devemos tentar articular as 6 dimensões e fazer com que a comunidade viva estas em conjunto!”
A partir daí o Chico continua explicando essa nova visão da política. Enfim, não devemos viver só para nossos interesses. A política trata do interesse de todos. As lutas pelo meio ambiente, contra a violência etc, são lutas políticas. Quando se luta por melhores salários, alguém diz que é uma luta que virou política. Essa pessoa quer dizer que algum partido político encampou essa luta.
Existe também uma aplicação mais específica da palavra política, significando os poderes Executivo, Legislativo, Judiciário, partidos políticos, derivando daí a palavra poder. Desse conjunto é que saem as decisões que mandam na gente. Os que vivem nesse ambiente são chamados de políticos, ou seja, vivem no mundo da política. A não-participação é uma forma de participação, pois ao me omitir, eu estou dizendo que aprovo o que está acontecendo. Na realidade, seria um crime não participar, pois estaríamos deixando coisas injustas e imorais acontecer. Não devemos deixar tudo acontecer por si mesmo.
Mas como é que eu posso participar? Será que vou ter que entrar no mundo da política? Quando se luta por creches, por reforma agrária etc, influi-se na política. Existe a democracia representativa que nos fornece uma forma de participação, escolhendo os nossos representantes. O importante é sair dessa planície de desinformação e começar a discutir política, começar a se interessar.
Como é que ocorre a corrupção? Como é o voto consciente? A pessoa que entra na política ganha prerrogativas, vantagens, que atrai muitas pessoas inescrupulosas. As pessoas acham que o político é aquele que consegue alguma coisa para aquela pessoa. Essa inconsciência produz a corrupção. O político deve ser aquele a quem é permitido nos representar, que vai encaminhar e votar projetos que nos interessam.
Os partidos e os políticos dizem quase a mesma coisa. Portanto temos que buscar informações, e fazer um trabalho sistemático, para saber quem colocar num cargo para passar quatro anos decidindo em nosso nome. A política é um campo onde pode-se receber dinheiro para votar. Devemos examinar a pessoa e o partido a que ela pertence. Se o político gasta muito numa campanha é porque vai tirar o dinheiro depois. Ver se ele já foi eleito e o que fez. Devemos ver quem vai entrar para praticar o bem, com virtude e arte, sobretudo o bem comum. Ajudar a eleger pessoas que vão servir e respeitar a comunidade.
Se nós participarmos da política como cidadãos, nos movimentos, e com uma boa escolha dos representantes, já seria bastante. Mas se já estamos tão perto, podemos dar uns passos a mais. Esse patamar é mais exigente. Já não é mais degrau, mas um modo diferente de atuar. Pode-se ser um político, que não deve ser uma decisão pessoal, mas coletiva. Os picaretas não pensam assim. O bom político espera ajuda dos seus eleitores para a sua gestão. Deve haver um grupo que o eleja e o ajude.
Pode-se também assessorar o candidato que ajudamos a eleger. Além dos assessores contratados, deve haver um grupo maior de reflexão. Esse segundo tipo de atuação é tão importante quanto o de ser candidato.
Outro modo é a participação partidária, que são determinados grupos que tem propostas de como gerir a sociedade. Nenhum candidato pode aparecer sem a indicação de um partido. Existem os partidos picaretas, que até vendem suas legendas. Um partido deve ser democrático e ter representantes que lutem por seus objetivos.
Existe ainda um outro modo, ainda desconhecido no Brasil, que é o controle do poder legislativo. Isso pode ser uma escola de política. Essa atividade pode vir a ser mais importante do que as outras, porque é independente e suprapartidária. Os parlamentos constróem uma crosta para ficar invisíveis, podendo-se assim fazer o que bem quiser lá dentro. Na sociedade, um grupo de pessoas bate na crosta de fora para dentro, ajudado pelos bons políticos que batem na crosta de dentro para fora, para tentar furar essa crosta e tornar as coisas visíveis. É a cidadania ativa.
Mendes, 11 de julho de 2000

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