A palavra repolitica está associada á idéia de se refazer, ou seja, começar tudo de uma outra forma. No caso da politica, o autor da idéia, Francisco Withaker, propõe que os eleitores fiscalizem a Câmara.

Quem sou eu

Minha foto
Francisco José Lins Peixoto Contatos: (82)3356-1509 Sugestões: franjolipeixoto@hotmail.com Organizei e toquei violão em um grupo de crianças da igreja católica, juntamente com minha esposa, Clara Maria Dick Peixoto. Ela cantou no grupo e era membro de um grupo de liturgia da Arquidiocese de Maceió. Leio, escrevo e falo inglês, e alemão.

domingo, 11 de fevereiro de 2007

MISSA DE SÃO VICENTE – Igreja de S. Antônio, Paróquia de N. S. das Dores

Foi a primeira missa, celebrada no Jacintinho, pelo missionário lazarista, Pe. Hesíodo Sales Batista. Ele vai apoiar a Comunidade de S. Antônio juntamente com o Pe. João Bonifácio dos Santos. Ele achou a celebração muito bonita e o povo o acolheu com muita simpatia. Estiveram presentes também a agente de pastoral Marival, a noviça Neudes e a ir. Luíza (canadense), ambas da Comunidade das Ursulinas de Marechal Deodoro. O templo estava com todos os lugares tomados. O ambiente de esperança e alegria permaneceu, mesmo após o encerramento da cerimônia, só terminando sob a ameaça de “apagão”, propagado pela Josefa. Nesse momento, muitos irmãos e irmãs se deleitavam com o canto e a execução ao violão do Pe. Hesíodo Sales. Eram canções do Pe. Zezinho que foram logo partilhadas pelo Aparecido José Barros Silva (Cidão), que resolveu retirar o seu violão da capa só para isto.

Mas o que me motivou a escrever essas linhas não foi exatamente o esplendor desta celebração em si, mas o jeito pausado e sereno com que o Hesíodo se expressou. Talvez por causa desse modo suave e convincente de se comunicar, num certo momento, a sua oratória me tocou fundo o coração. Embora não me recorde exatamente de todas as palavras, mas me lembro que ele teve a percepção de um ambiente comum, onde todos sendo igualmente filhos do mesmo Pai, uns passavam fome. Sobretudo me impressionou a consciência do “ambiente comum”, debaixo do mesmo céu e respirando o mesmo ar.

A leitura do dia (Mateus 25, 31-46) embasava o sermão do Hesíodo:


Vinde, benditos de meu Pai..., porque tive fome e me destes de comer, tive sêde...., era pregrino..., estava nu..., estava enfêrmo...,estava na prisão e viestes a mim.

Isso nos leva a duas conclusões imediatas:

1a) Uma interpretação direta do texto nos levaria a doar, imediatamente, tudo o que nos sobra, de modo a alimentar todos os famintos, por exemplo.

2a) Entender que poderíamos atingir a essência do que Cristo disse, imediatamente, contribuindo para uma justa e racional organização desse “ambiente comum”, mencionado pelo Hesíodo.


Se apoiarmos a primeira conclusão, deveremos também levar em conta não somente um fragmento do Evangelho, mas todo o conjunto. Assim iremos entender que toda vez que Cristo se aproximou de um pecador e o perdoou, Ele também o converteu. Ou seja, há direitos e deveres.


Para refletirmos um pouco sobre a inviabilidade de se alimentar a todos de forma indiscriminada, basta pensarmos que o próprio ar, a água e os outros recursos da natureza não são inesgotáveis. Então, isso só será possível com um compromisso por parte dos alimentados.


A Segunda conclusão deveria nos levar a uma participação política, pois é exatamente nesse campo que se pode influir na administração do “ambiente comum”. Essa participação no governo das cidades, conscientizando e trazendo todos de boa vontade a participar, iria selando um compromisso de co-responsabilidade, conseqüentemente suprimindo essa situação de fome e nudez.


Falar simplesmente sobre a fome, sem discutir uma forma digna de erradicá-la, não seria negar o próprio Evangelho?

Maceió, 27/09/2001 – Francisco José Lins Peixoto

Nenhum comentário: